Recebi de diretoras da Associação dos Funcionários do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Afiamspe) documento em que denunciam a possibilidade de venda, pelo governo do estado, de parte do complexo hospitalar do Iamspe, na capital.
“Esse prédio é o coração do Hospital Escola. Sua venda significa o desvio de finalidade de parte do patrimônio da saúde do Iamspe para servir aos interesses de especuladores imobiliários em detrimento da assistência aos servidores públicos do estado”, destaca trecho do documento.
O Instituto de Assistência Médica do Servidor Público de São Paulo vem passando por grave crise financeira depois que o governo do estado deixou de repassar sua parte, o equivalente a 2% do salário dos servidores descontado em folha.
Os sucessivos governos deixaram de repassar R$ 13,6 bilhões a menos que os servidores entre 1997 e 2023, ano último este que os servidores empenharam R$ 2,05 bilhões (89%) e o governo R$ 253 milhões (11%).
Resultado: muitas santas casas e hospitais filantrópicos estão rompendo convênios de serviço médico aos servidores e no hospital do Servidor, na Zona Sul da capital, há demora de meses para marcar exames, além de filas enormes de pacientes a espera de atendimento médico por falta de profissionais.
Denuncio essa situação reiteradamente nas audiências públicas regionais do orçamento.
A entrega do documento foi feita nesta quarta-feira (17/04) por Ana Cristina Manente (presidenta da Associação), por Regina Bueno (diretora do SindSaúde) e por Mônica Lucila Garray (diretora da Associação).
Fonte e foto: Assessoria do Deputado Estadual Enio Tatto
