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Erika Kokay e deputadas ameaçadas de cassação defendem mandato em Brasília

Deputadas contra a cassação

O ato em defesa das deputadas ameaçadas de cassação por protestarem contra o Marco Temporal (PL 490) lotou o Armazém do Campo, em Brasília, nessa quinta-feira (10). Segundo os organizadores, 700 pessoas estiveram presentes no evento, que contou com a presença das seis parlamentares que respondem ao processo movido pelo PL – Erika Kokay (PT-DF)Juliana Cardoso (PT-SP), Sâmia Bonfim (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Célia Xacriabá (PSOL-MG) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS) -, além da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

“Em um país democrático, lutar não é crime, lutar é um direito, faz parte da cidadania e da dignidade. Quantas vezes as calam? Quantas vezes elas já foram humilhadas naquele plenário? Isso também tem que ir para o Conselho de Ética!”, cobrou a ministra Cida. Membra do Conselho de Ética, a deputada federal Ana Paula Lima fez questão de deixar explícito que a posição do colega Washington Quaquá não é a mesma da sua. “Vocês não estão sozinhas, e a Comissão de Ética não fez nenhum acordo para não punir Nikolas [Ferreira] e Carla Zambelli”

Deputada Kokay com a ministra Cida. Foto: Divulgação

O deputado distrital Chico Vigilante também se referiu à Zambelli em sua fala. “Qual crime cometido por vocês? Na hora da aprovação do Marco Temporal, essas meninas aqui gritaram que os ‘caras’ eram assassinos. E aí querem cassar os mandatos delas por isso. Mas aí uma senhora sai de pistola na mão para atirar em um homem negro, e isso não é crime para a extrema direita”, afirmou. O também deputado distrital Fábio Felix pediu licença aos seus companheiros e companheiras do PSOL para homenagear a petista Erika Kokay. “Quando ninguém queria falar da pauta LGBTQIA+, quando não dava voto defender a causa LGBT, quando não dava voto defender o casamento igualitário, a gente já tinha uma defensora aqui no DF. O nome dela é Erika Kokay.”

Atos pelo País

Em Brasília, Erika foi a anfitriã do evento, que já ocorreu em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte, e que acontecerá no próximo dia 18, no Rio de Janeiro, completando, assim, atos em todas as capitais dos estados que elegeram as deputadas.

“Nós somos instrumentos da construção de uma sociedade onde não tenhamos mais armários, senzalas, ou nenhuma outra forma de cercear a nossa liberdade. A gente resiste, a gente vai continuar resistindo. Cada uma de nós ficará nesses mandatos que foram ofertados pelo povo brasileiro. Um milhão de pessoas, ou quase isso, que decidiram que é preciso escutar todas as vozes, é preciso ter mandatos antirracistas, feministas, mandatos para a construção de um País mais justo e mais solidário”, disse, referindo-se à quantidade de votos somados que as seis deputadas tiveram nas últimas eleições. Após as falas, o MST ofereceu uma galinhada, arroz carreteiro e um prato vegano a R$ 20,00.

Também participaram do ato as deputadas federais Luizianne Lins (PT-CE)Ana Paula Lima (PT-SC), do deputado federal Marcon (PT-RS) e dos deputados distritais Max Maciel (PSOL), Chico Vigilante (PT), Fábio Felix (PSOL) e Gabriel Magno (PT).  O ex-deputado Jean Wyllis, recém filiado ao PT, o rapper GOG e o ex-reitor da UnB José Geraldo de Souza Júnior também estiveram presentes. A pedagoga, drag queen e militante do MST Ruth Venceremos apresentou o evento.

Ato na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=ZKqLSOo0E9g

Fonte: Assessoria de Comunicação deputada Erika Kokay

Foto: Divulgação

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