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Em encontro com o Papa Francisco, ministro Fernando Haddad defende a taxação dos bilionários

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), foi recebido pelo Papa Francisco, nesta quinta-feira (6), no Vaticano, para uma conversa sobre a taxação dos super ricos, tema caro ao governo Lula na presidência rotativa do G20. O encontro, reservado, durou cerca de 25 minutos. Haddad apresentou ao pontífice a proposta feita pelo Brasil às 20 maiores economias do mundo de tributar em 2% as fortunas de 3 mil bilionários.

A busca pelo apoio do pontífice à causa se deve à globalização da economia. Na avaliação do ministro, a taxação dos super ricos apenas “faz sentido em escala global”, pois “se não for assim, não vai ser eficaz”. “Esse processo vai decantando aos poucos. Não é simples, é uma novidade no mundo sem precedentes”, disse a jornalistas, antes de ponderar que o tema “veio para ficar”.

Haddad tem dito que a tributação dos bilionários recebe cada vez mais apoio internacional. O economista francês Gabriel Zucman – professor da Universidade da Califórnia e um dos formuladores da ideia – argumenta que apenas 3 mil pessoas, entre 8 bilhões, seriam alcançadas pela medida. O potencial de arrecadação giraria em torno dos US$ 250 bilhões ao ano, destinados ao enfrentamento da fome e das mudanças climáticas.

O ministro da Fazenda presenteou o pontífice argentino com uma cuia de chimarrão, em homenagem às vítimas da crise climática e humanitária vivida pelo Rio Grande do Sul. Ao povo gaúcho, Francisco doou € 100 mil (perto de R$ 574 mil).

Em seu perfil na rede “X”, Haddad publicou uma foto do encontro com o Papa Francisco. “Uma inclinação afetuosa do espírito para a vida é o caminho para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. Uma economia global de laços que combatam a miséria e a pobreza”, escreveu.

 

Sul Global

Na viagem de três dias a Roma, Haddad encontrou-se também com os chefes da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, e da Espanha, Carlos Cuerpo. A Itália e os Estados Unidos vêm manifestando ceticismo em relação ao imposto global sobre as grandes fortunas, enquanto que França, Alemanha e Espanha se mostram inclinadas a endossar a proposta.

O ministro da Fazenda participou ainda, na terça-feira (4), de conferência organizada pela Universidade de Columbia e pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais. Na pauta, o debate em torno da dívida dos países do chamado Sul Global, outra bandeira relevante do Brasil na presidência rotativa do G20.

Fonte: Redação do PT Nacional, com informações de Carta Capital, Vatican News, G1, Folha de S.Paulo
Foto: Vatican News

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