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Deputado Renato Freitas (PT) cobra transparência em caso de tortura cometida por policiais

Após o deputado estadual Renato Freitas (PT) veicular dois vídeos em que policiais militares do Paraná torturam presos em Matelândia, a Polícia Militar disse que desconhecia parte da denúncia envolvendo um terceiro policial. Os vídeos são de 2017 e a PM também apontou que todos os envolvidos já foram afastados. O parlamentar, no entanto, exige transparência sobre o caso, reivindicando a divulgação dos números dos processos administrativos e criminais referentes aos dois policiais que aparecem no segundo vídeo que denuncia práticas de tortura.

 

“É necessário na atividade parlamentar fiscalizar o governo e o serviço público prestado pelo Estado, sobretudo quando se trata da polícia que tem a função de salvaguardar a vida humana e a paz social, justamente o contrário do que foi feito nesse caso, esperamos que os responsáveis sejam punidos e excluídos da corporação”, afirmou Freitas.

 

Divulgados nas redes sociais no domingo (21), os vídeos mostram jovens algemados e presos no Batalhão da Polícia Militar de Matelândia encostados em uma parede sofrendo agressões por parte de policiais. Um dos policiais segura a cabeça de um deles e lhe dá um tapa. O rapaz está com uma luva cirúrgica no rosto e é possível ouvir alguém que parece estar filmando perguntar se ele “gostou do saco”.

 

Em um segundo vídeo, aparecem ao todo quatro jovens algemados e outro policial militar batendo com um bastão nos pés de um dos jovens. É possível ouvir risadas de quem está atrás da câmera.

O deputado Renato Freitas, vem questionando a Polícia Militar quanto à transparência dos processos administrativos, já que logo após a divulgação dos vídeos, a Polícia Militar chegou a publicar uma nota dizendo que todos os envolvidos haviam sido condenados e expulsos da corporação. Após a grande repercussão das imagens, uma segunda nota veio à público reconhecendo que um dos policiais envolvidos no segundo vídeo ainda não tinha sido investigado.

 

Também, em nota, o Ministério Público do Paraná disse que os envolvidos no primeiro vídeo foram denunciados ao órgão e condenados à perda de cargo público. Mas também que as imagens do segundo vídeo não haviam chegado ao conhecimento do MP e que serão “adotadas medidas apuratórias para esclarecimento e eventual responsabilização”.

Para Renato Freitas, é preciso ainda muitos esclarecimentos por parte da Polícia Militar. “Os meninos que aparecem no segundo momento do vídeo são menores? A PM alega que eles portavam drogas, quanto? O que aconteceu com essas vítimas, foram liberadas logo na sequência? O Estado indenizou os rapazes? Os policiais envolvidos cumpriram pena pelo crime de tortura? Quantos policiais respondem hoje pelo crime de tortura na corporação? Foram dois crimes de tortura no mesmo ano, na mesma delegacia, o que acontece por lá, não seria o caso de abrir uma sindicância? O que o governador acha disso? Por que a Assembleia Legislativa do Paraná não leva adiante o projeto que obriga as forças de segurança a usar as câmeras corporais, no qual sou coautor? A quem interessa passar pano para torturador?”, questionou Freitas.

Foto: Reprodução Instagram

Fonte: Site do Brasil de Fato PR

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