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Suspeitos do 8 de janeiro: Carla Zambelli, golpista e mentirosa compulsiva

Carla Zambelli

A (ainda) deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pode ser apontada, sem exagero, como uma das maiores inimigas da verdade e da democracia no Brasil. Desde o começo de sua vida pública, a fiel escudeira de Jair Bolsonaro construiu sua imagem apoiada nas mais absurdas mentiras.

Em 2015, chamou atenção nacionalmente ao postar nas redes sociais um vídeo no qual afirmava que as lojas Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang, seriam da filha da então presidenta Dilma Rousseff. Na postagem, ela ainda dizia que o nome da rede lojista era uma referência à capital de Cuba, Havana. 

Desde então, se tornou uma das maiores disseminadoras das mentiras e do discurso de ódio bolsonaristas. Na pandemia, uniu-se ao coro dos que faziam campanha contra a vacina e virou uma espécie de garota-propaganda do armamentismo.

Essa última causa, aliás, a levou a perseguir, de arma em punho, nas ruas de São Paulo, um homem negro com o qual se desentendeu, na véspera do segundo turno das eleições. No episódio lamentável, um dos seguranças da deputada chegou a efetuar um disparo, sendo detido por isso. 

Já a deputada se tornou alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), suspeita de porte ilegal de arma de fogo, cuja pena é de dois a quatro anos de prisão, e constrangimento ilegal mediante arma de fogo, que pode render até de três meses a um ano.

Ataque ao sistema eleitoral

Com sua obsessão pela mentira e pelas táticas nefastas do bolsonarismo, Zambelli logo se tornou uma das principais articuladoras do ecossistema de desinformação que levou Bolsonaro à presidência e, anos depois, provocou os ataques do 8 de janeiro.

A deputada usou sua popularidade para atacar o STF e seus ministros e, por diversas vezes, publicou fake news sobre o sistema eleitoral, Lula e o PT. Por um dos vídeos, no qual afirmava que urnas eletrônicas estavam sendo adulteradas para dar mais votos a Lula, acabou condenada, em maio deste ano, a pagar multa de R$ 30 mil.

Outra ação golpista da bolsonarista ocorreu em 29 de novembro, quando ela publicou nas redes sociais um vídeo incitando os generais do Exército Brasileiro a se rebelar contra a vitória de Lula nas urnas. Detalhe: o vídeo foi postado em perfis apócrifos porque Zambelli estava proibida de manter canais oficiais na internet desde a postagem mentirosa sobre as urnas eletrônicas.

Justiça começa a ser feita

A Justiça demorou, mas, finalmente começou a agir contra essa inimiga da democracia. Hoje, devido a tantos ataques ao sistema eleitoral e mentiras espalhadas contra adversários, Zambelli responde a quatro ações que podem levá-la à perda de mandato e torná-la inelegível, como já ocorreu com seu ídolo, Jair Bolsonaro. 

Ela enfrenta ainda processo no Conselho de Ética da Câmara e tornou-se recentemente alvo de busca e apreensão em uma operação da Polícia Federal, que investiga sua relação com hacker Walter Delgatti Neto.

Os dois se aproximaram meses antes das eleições de 2022 e, segundo depoimento de Delgatti à PF, Zambelli teria pedido ao hacker para invadir urnas eletrônicas, com o intuito de desacreditar o sistema eleitoral, e acessar o e-mail e o telefone do presidente do TSE Alexandre de Moraes.

Ainda segundo o depoimento do hacker, a deputada o financiava para cometer uma série de irregularidades, incluindo a inserção de um falso mandado de prisão contra Moraes no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões.

Foi por conta dessas últimas revelações que a CPMI do Golpe, que investiga todos os eventos que levaram aos ataques do 8 de Janeiro convocaram Delgatti para depor. A comissão deve ouvi-lo na quinta-feira 17 de agosto.

Fonte: Da Redação do PT Nacional

Foto: Joedson Alves/ Agencia Brasil e site do PT

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