O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) manifesta sua mais profunda indignação e repúdio diante das recentes denúncias de empresas na cidade de Sorocaba por manterem trabalhadoras e trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Casos como o do Oba Hortifruti, flagrado pela gerência regional do Ministério do Trabalho em Sorocaba e autuado pelo Governo Federal por alojar pessoas em condições precárias e degradantes, e da empresa de reciclagem, que mantinha pelo menos 8 trabalhadores — incluindo imigrantes haitianos e um chinês — sem registro e submetidos a jornadas exaustivas, são inaceitáveis e representam um retrocesso brutal aos direitos mais básicos da classe trabalhadora.
Essas situações são a face mais cruel da exploração, alimentada por práticas empresariais que colocam o lucro acima da vida humana e da dignidade. É inadmissível que, em pleno século XXI, ainda tenhamos que denunciar o trabalho escravo em nossa região.
O SMetal reforça seu compromisso histórico com a defesa incondicional dos direitos trabalhistas, a valorização do trabalho digno e a luta incansável contra qualquer forma de opressão e precarização das relações de trabalho.
Também manifestamos nosso apoio às ações do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, que devem responsabilizar rigorosamente os responsáveis por esses crimes.
Reafirmamos que o combate ao trabalho escravo é uma luta de toda a sociedade. Exigimos fiscalização permanente, punição e políticas públicas que garantam condições dignas de vida e trabalho para todos — brasileiros ou imigrantes, homens e mulheres, no campo e na cidade.
Trabalho digno não é favor. É direito. E o direito não se negocia, se garante.
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[Érica Aragão]
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