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RUI COSTA CRITICA ‘POSICIONAMENTOS ESPANTOSOS’ GOVERNO BOLSONARO E FALA EM RESGATAR ESPERANÇA

Governador da Bahia citou ‘drama’ enfrentado no Brasil e defendeu ‘repactuar’ ambiente institucional seguro através do diálogo
Na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), nesta terça-feira (1º), o governador Rui Costa destacou a preocupação para o “drama” enfrentado pelo Brasil.

Na ocasião, o petista afirmou que o estado integra uma região conhecida pela desigualdade social “num país mergulhado numa forte crise política, econômica, que se arrasta desde 2015, quando iniciaram o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff”. Segundo ele, desde então, a “nação brasileira não se encontrou mais”.

“Os posicionamentos espantosos do governo federal impactam negativamente a economia e a vida de todos os brasileiros. A completa ausência de respeito à diplomacia somada às constantes ameaças ao ambiente democratico, a Suprema Corte e ao processo eleitoral criam o sentimento de enorme insegurança jurídica e institucional, resultando na retirada de investimentos nacionais e internacionais”, discursou o governador da Bahia, segundo o qual, o governo Bolsonaro será “uma das páginas mais tristes da história do Brasil”.

Rui Costa afirmou que o “vácuo de governabilidade” provocou o aumento de pessoas pobres no país, lembrou do retorno do Brasil ao mapa da fome, e defendeu que os problemas nacionais não decorrem apenas da pandemia, mas de questões internas.

“Ainda que se considere a crise econômica global agravada pela pandemia do coronavírus, esses resultados tão graves estão relacionados ao desmonte sistemático da rede de proteção social e de combate a pobreza que tínhamos estruturado no país até aqui. Portanto, o cenário é de muita fragilidade econômica e social para a maioria do povo brasileiro”, disse o petista, citando taxa de desemprego de 13%, o percentual de 40,6% dos trabalhadores na informalidade e a inflação de mais de 10%.

Apesar das adversidades, o governador declarou que é preciso “afirmar sempre os valores da esperança”. “O Brasil é muito maior que aqueles que no momento conduzem o nosso pais. É muito maior que esse sentimento de ódio que alguns teimam em propagar. Somos maiores do que esse pensamento escravocrata, desumano, que reproduz a exclusão social”, defendeu.

Para Rui, é “urgente emancipar as vidas e o cotidiano das pessoas, e também assegurar um convívio simbólico e psicológico saudável”. Neste sentido, ele aponta a necessidade de “unir as forças democráticas para promover uma nova concertação nacional em nosso país, repactuando o ambiente institucional confiável e seguro”. “O caminho para isso é o diálogo, o entendimento”, concluiu.

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