O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (28/2), o decreto que reinstala o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), com a presença de ministros, autoridades e representantes da sociedade civil. Na ocasião foram reempossados os conselheiros e a presidente do Consea, Elisabetta Recine, que compunham o conselho quando ele foi desativado, em janeiro de 2019.
“A reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar representa o compromisso do governo e da sociedade com o combate à fome e por uma alimentação saudável no Brasil. Agradeço as organizações que nunca desistiram dessa luta, o Consea voltou!”, disse Lula, em publicação no Twitter.
Órgão de assessoramento imediato à Presidência da República, o Consea é um importante espaço institucional para a participação e o controle social na formulação, no monitoramento e na avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional.
Criado em 1993 pelo presidente Itamar Franco, o Consea foi revogado dois anos depois e substituído pelo programa Comunidade Solidária na gestão de Fernando Henrique Cardoso. Ao chegar à Presidência em 2003, Lula restabeleceu o Consea e iniciou um período de intensa participação social na construção de políticas na área de segurança alimentar. Em 2019, Jair Bolsonaro fez da desativação do Consea um de seus primeiros atos oficiais.
A volta do Brasil ao Mapa da Fome é apontada como uma das mais drásticas consequências do desmonte de políticas promovido nos últimos quatro anos nessa área. Em 2022, segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, 33,1 milhões de brasileiros não tinham as necessidades alimentares básicas atendidas, e seis em cada dez brasileiros (58,7% da população) vivia com algum grau de insegurança alimentar. Isso menos de oito anos após o Brasil sair do Mapa da Fome da ONU, em 2014, ao reduzir em 82% a população de brasileiros considerados em situação de subalimentação.
Fonte: www.gov.br
Foto: Ricardo Stuckert/ PR