Nova meta é 25% superior à original, de 2 milhões. Para Lula, investimentos em habitação integram conjunto de ações que garantem sequência ao crescimento econômico
Um dia depois de participar da entrega de 1.008 unidades habitacionais do Residencial Viver Outeiro, em Belém , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (14/2), durante entrevista à Rádio Clube do Pará, que a meta do Minha Casa, Minha Vida nesta gestão será ampliada em 25%.
É como se fosse um passarinho terminando o ninho. Ali a pessoa vai construir a família, viver bem, sabe que está segura. Somente quem vê a emoção da pessoa que abre uma casa sabe”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
“A meta era fazer 2 milhões (de contratações), mas vamos atingir 2 milhões e meio até 31 de dezembro de 2026. Já tínhamos feito quase 7 milhões entre Lula (dois primeiros mandatos) e Dilma, e agora mais 2 milhões e meio. Estamos entregando casas de 50 metros quadrados. Construindo casas também para a classe média, porque queremos resolver o déficit habitacional. Estamos recuperando 87 mil casas que foram abandonadas”.
Para Lula, a habitação está entre os mais importantes desejos do povo trabalhador, em especial nas camadas vulneráveis. “Ele quer um ninho permanente. As pessoas querem se acostumar com os vizinhos e travar relação de amizade. As crianças não gostam de ficar mudando de escola. Não querem ficar mudando de amigo. Educação e moradia são duas coisas que carrego na alma”, prosseguiu Lula.
O presidente lembrou da emoção dos beneficiados que acompanhou durante a entrega das unidades no Residencial Viver Outeiro. “É como se fosse um passarinho terminando o ninho. Ali a pessoa vai construir a família, viver bem, sabe que está segura. Somente quem vê a emoção da pessoa que abre uma casa sabe”.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO – Ao abordar o desenvolvimento econômico e social no país, Lula mostrou confiança de que, a exemplo do que ocorreu nos últimos dois anos, haverá crescimento em 2025. “As pessoas costumam analisar a chamada macroeconomia. Eu trabalho a microeconomia. O que vale para mim é a quantidade de dinheiro circulando no bolso do povo pobre, do trabalhador, do pequeno proprietário rural. E esse dinheiro está crescendo. É isso que está fazendo a economia brasileira surpreender os especialistas”, analisou.
“Quando o dinheiro está na mão do povo, circulando, o cara que pega 200 reais, 300 reais, 500 reais, não vai comprar dólar. Não vai aplicar em títulos. Ele vai comprar o que comer. Vai comprar o que vestir. Vai comprar material escolar para a filha. Um chinelo, um sapato, esse dinheiro volta imediatamente para o mercado”, explicou o presidente.
INDÚSTRIA E PAC – Lula ainda citou ainda o fortalecimento da indústria no Brasil e o Novo PAC. “Temos um programa de recuperação da indústria, o Nova Indústria Brasil , que atua em seis áreas estratégicas, que está crescendo com mais de um trilhão de investimentos para os próximos anos. Temos o PAC, que é um trilhão e oitocentos bilhões de reais que está sendo investido entre poder público, financiamento dos bancos públicos e bancos privados e iniciativa privada”, concluiu.
Fonte: Agência Gov | Via Planalto
Foto: Ricardo Stuckert/PR