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Paulo Fiorilo: São Paulo não pode ser terra sem lei

A presença intimidatória e ostensiva de agentes policiais durante o velório e enterro de Ryan da Silva Andrade Santos, uma criança de apenas quatro anos, atingida e morta por disparos de arma de fogo durante incursão da Polícia Militar na comunidade em que morava, na cidade de Santos, é mais um episódio grave da política de morte praticada pelo governador Tarcísio de Freitas e seu secretário de segurança, Guilherme Derrite.

Desde o início deste governo a bancada de deputadas e deputados estaduais da Federação PT/PCdoB/PV tem denunciado e cobrado explicações da Secretaria de Segurança Pública e órgãos de controle frente à truculência e ao abuso de poder praticado por alguns agentes policiais.

O direito ao luto, ao momento de despedida em velório, é sagrado e deve ser garantido e respeitado.

Nossa bancada manifesta total solidariedade aos familiares e amigos do pequeno Ryan, reafirma a importância do papel desempenhado pelo ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, e cobrará novamente das autoridades competentes explicações e urgência nas medidas concretas para que tais violações aos direitos humanos fundamentais cessem em nosso Estado.

Infelizmente, este não é um episódio isolado e tampouco um “vitimismo barato”, como afirmou o secretário Derrite durante arguição na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta semana. Entre a Operação Escudo, em julho de 2023, e a Operação Verão, no início de 2024, apenas nos registros oficiais, 84 civis foram mortos, sem contar os policiais também vitimados por essa violência desmedida.

Não aceitaremos que o Estado de São Paulo se torne uma terra sem lei.

Deputado Paulo Fiorilo
Líder da Bancada da Federação PT/PCdoB/PV de deputadas e deputados estaduais
na Assembleia Legislativa de São Paulo

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