“Em 500 anos o Brasil nunca teve a oportunidade de se transformar numa grande nação como tem agora. Em um ano, o Ministério da Ciência e Tecnologia investiu muito mais que nos quatro anos anteriores. Anunciar a criação de um parque aeroespacial não é algo qualquer. Isso é o que eu quero ver no Brasil inteiro”, destacou o presidente Lula nesta quinta-feira em Salvador, durante a assinatura do acordo para implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia.
Fruto de parceria entre o governo federal, por meio do Ministério da Defesa e do Comando da Aeronáutica com o Estado da Bahia e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec), o parque terá investimentos de R$ 650 milhões para sua construção na Base Aérea de Salvador. Ele será um espaço de fomento do ensino, realização de pesquisas avançadas e promoção da inovação no campo aeroespacial, a fim de promover o desenvolvimento regional do setor.
“Peguei o país devastado por uma praga de gafanhoto que destruiu quase tudo que a gente tinha feito em 13 anos de governo”, ressaltou o presidente ao observar que o Brasil fez algo extraordinário que foi recuperar a sua imagem internacional.
“O Brasil voltou a ser protagonista internacional, voltou a ser respeitado no mundo”, salientou o presidente ao citar que vai organizar reunião do G20 este ano no Brasil e que em 2025 haverá reunião do BRICs e também a COP no Pará.
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O país, segundo Lula, tem um potencial extraordinário e “já provamos isso duas vezes, já poderia ser a quinta economia do mundo. O que fizeram com a Petrobras? Foi um escárnio a privatização da Eletrobras, um setor estratégico como o setor de energia”, afirmou indignado, mas se dizendo mais otimista do que era na campanha.
“Queremos criar uma sociedade de padrão de classe média, não quero uma sociedade com pessoas dormindo na rua. Queremos um país onde todos possam ter oportunidades iguais com chance de estudar, trabalhar e cuidar de sua vida
Ao reafirmar que este viajará muito pelo Brasil, Lula falou de sua agenda em Recife onde vai visitar a refinaria que durante 14 anos ficou paralisada. “Poderia estar refinando 260 mil barris de petróleo por dia. Vou lá para terminar aquela refinaria”, assinalou ao informar que na sequência irá lançar o Instituto de Tecnologia Aeroespacial (ITA) no Ceará.
“O ITA é um centro de excelência em São José dos Campos e vamos fazer no Ceará porque 40% dos aprovados no ITA em São Paulo são do Ceará, então temos que prestar uma homenagem ao estado do Ceará levando um braço do ITA”, salientou, ao lembrar que a elite brasileira nunca se empenhou em educar o povo.
Derrota de Bolsonaro, vitória da Ciência
A ministra de Ciência e Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a decisão de recompor integralmente o Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia, uma decisão tomada nos três primeiros meses do governo Lula.
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“O governo anterior, pasmem, bloqueou esses recursos até 2026. Mas como ele (Bolsonaro) não ganhou a eleição, caiu a medida provisória e o presidente recuperou integralmente o Fundo. Isso significa enfrentamento às desigualdades regionais. Queremos que o desenvolvimento científico possa cada vez mais dialogar com o setor produtivo, para atender a agenda da nova industrialização”, afirmou.
A cadeia aeroespacial, segundo Luciana, tem repercussões para além dela própria e perpassa várias cadeias produtivas, com impacto positivo na educação, formação de mão de obra especializada e geração de empregos. “Abrimos 30 mil vagas para ‘hacker do bem’ mas já tem 54 mil inscritos. Isso mostra que quando a gente dá oportunidade, os brasileiros veem”, salientou.
Compromisso com investimento e tecnologia
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou que não há indústria no mundo que não invista em tecnologia, não há desenvolvimento e nem emprego se não houver investimento nessa área.
“Agora temos governo, agora tem planejamento. Quando sentei na cadeira de ministro confirmei que estava absolutamente tudo desmontado. Isso aqui hoje (criação do parque aeroespecial) é o símbolo do governo do presidente Lula. Governar é cuidar de gente, é ter planejamento, ter gestão. É apontar para onde o país tem que seguir”, afirmou.
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Ao destacar as parcerias entre órgãos e as esferas de governo, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues ressaltou a importância das universidades públicas.
“Se não tivéssemos universidades e institutos federais dificilmente teríamos uma base de professores e pesquisadores para poder alavancar um projeto importante como esse”, observou.
Fonte: Da Redação do PT Nacional
Foto: Ricardo Stuckert/PR