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PADILHA: ORÇAMENTO SECRETO DE BOLSONARO É ‘ABSOLUTAMENTE FISIOLÓGICO’

Distribuição de recursos para parlamentares será coordenada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que vai assumir como ministro-chefe da Casa Civil

Para um candidato à presidência que em 2018 se dizia contra o “sistema”, o chamado orçamento secreto, criado pelo governo Bolsonaro, é a prova de que o fisiologismo é sua principal arma para se sustentar no Palácio do Planalto. “Isso é o uso absolutamente fisiológico e político dos recursos do orçamento”, afirma o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) sobre a ação de Bolsonaro. “E muitas vezes acaba alimentando esquemas de corrupção no município, estado ou entidades para as quais os recursos são repassados”, diz ainda, referindo-se ao orçamento secreto.

Ao lançar mão desse expediente, o governo Bolsonaro fomenta a discórdia. A coluna da jornalista Malu Gaspar no jornal O Globo reporta nesta segunda-feira (26) que o deputado Julian Lemos (PSL-PB) entrou na sala de seu partido na Câmara aos berros, contra o líder do partido, o Major Vitor Hugo (PSL-GO): “O que vocês estão fazendo é roubo. Mas vocês não estão me roubando, estão roubando o meu estado! Não vou admitir!”

Essa foi a reação do parlamentar ao saber que Vitor Hugo “havia feito pedidos de liberação de emendas para um grupo de deputados do partido que não o incluía. E ele não era o único preterido”, afirma a coluna.

Em grupos de WhatsApp do partido, já se ensaiava àquele momento uma pequena revolta de parlamentares, à medida que iam descobrindo não terem sido contemplados na lista de emendas preparada pelo líder do PSL.

O motivo da revolta não eram as emendas regulares, aquelas a que todo deputado tem direito (neste ano, de R$ 16 milhões por parlamentar) e que ficam registradas nos sistemas de empenho da União. A disputa se dá em torno de outra fatia das verbas, justamente o orçamento secreto.

“O governo Bolsonaro criou uma forma sigilosa de passar recursos para os deputados distribuírem pelos municípios. Cada deputado tem suas emendas individuais. No orçamento secreto, nem o Tribunal de Contas da União (TCU) consegue identificar isso”, afirma Alexandre Padilha, em entrevista ao programa Revista Brasil TVT deste domingo (25).

Fonte: Rede Brasil Atual

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