O ex-prefeito e ex-vereador de Carapicuíba, sociólogo e membro da diretoria estadual do PT-SP, Sérgio Ribeiro, ministrou oficina na última sexta-feira, 31, durante a reunião de Conselho Político Local, Regional e Temático sobre: Como Enfrentar o Bolsonarismo nas Eleições Municipais de 2020.
Durante a oficina Sérgio ensinou aos conselheiros e conselheiras como agir durante as eleições quando encontrarem alguma pessoa que simpatize com os projetos políticos de Bolsonaro e do Bolsonarismo em si: “É necessário identificar o nível de bolsonarismo que aquela pessoa carrega em si: raiz – fascista, misógino, racista, xenofóbico, preconceituoso, ações que vem de muito antes através do autoritarismo brasileiro; “nutella” – é o bolsonarista que faz política através do discurso lavajatista, aquele que tem como questão central a classe média que constrói o enfoque moralista.
Uma das questões que mais ficaram famosas durante a eleição de 2018 foi: Como o conhecimento de um lavajatista de classe média chegou a população mais pobre que elegeu Bolsonaro?
- Pela teologia da prosperidade – neopentecostais: Valores da classe média tradicional. Predestinados a ter uma vida melhor, Deus está no controle.
- A nova classe média que nasceu durante o governo Lula, o indivíduo não se enxerga mais como classe trabalhadora por ser empresário, PJ, prestador de serviço.
Após a identificação é necessário entender o que motivou a pessoa a agir de pensar de tal maneira, existe um livro “Ruptura – A crise da Democracia Liberal” que fala sobre quando o indivíduo enfrenta uma crise e as pessoas não se sentem mais protegidas pela democracia, se unindo assim a grupos e movimentos que levam conforto e segurança, como: família, religião, valores tradicionais.
Muitas vezes o indivíduo não é ultraconservador, mas ele acha que está certo defender e proteger os valores familiares, religiosos ou tradicionais para que o mundo melhore e retorne aos costumes mais antigos.
O bolsonarismo é um coletivo repleto de nuances diferentes e não pode ser considerado como um bloco monopolístico.
Quando você entende tudo isso irá saber como dialogar ou como deixar de lado um bolsonarista, muitas vezes eles são difíceis de diálogo e para a luta por melhorias no país e no caso das eleições municipais para a sua cidade acaba sendo “perda de tempo” falar com o bolsonarista raíz que tem esse pensamento há muitos anos.
“O pré-candidato precisa ser a mente democrática que está ligado às decisões do congresso da Câmara que ajudam a melhorar o munícipio. Demonstrar que a luta é pela melhoria da via da população, colocar sempre isso no debate. O bom candidato é aquele que dá suas ideias e demonstra entender sua razão e o que precisa mudar e ser melhorado”.
Após a oficina foram feitas algumas perguntas de conselheiros e conselheiras que serão respondidas na próxima publicação deste site, ficou com alguma dúvida? Encaminhe para o nosso WhatsApp (11) 96107-0013 e saiba como participar.
