Ministro detalha como acessar o Programa Acredita no Primeiro Passo, que oferece crédito de até R$ 21 mil, e comenta como Brasil subiu no ranking de desenvolvimento humano da ONU
Mais de 200 mil empreendedores inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) já receberam apoio do Programa Acredita no Primeiro Passo. O número foi divulgado pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, durante o programa Bom Dia, Ministro desta quarta-feira (7/5), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O Acredita no Primeiro Passo oferece linhas de crédito com juros reduzidos e assistência técnica, no valor de até R$ 21 mil. Até fevereiro deste ano, o programa já havia injetado R$ 726,4 milhões em pequenos negócios no Brasil por meio de empréstimos com taxas de juros mais baixas. O ministro detalhou como participar do programa.
“Nós temos em cada cidade o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e ali é uma base de informações. Temos parceria com a rede bancária, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, Caixa Econômica, Banco do Brasil, e o que a gente faz? ‘Eu quero empreender, mas eu não tenho uma garantia’, Então, agora, o governo criou um Fundo Garantidor Federal, é este Fundo Garantidor Federal, criado pelo presidente Lula, que garante as condições das pessoas de baixa renda ou até sem renda. Eu quero botar um salão de beleza, eu quero colocar ali uma oficina mecânica, uma fábrica de confecção ou uma produção mesmo no campo agrícola. Tem financiamento para o campo e para a cidade, com taxas de juros baixas, 0,7% ao mês, 8,75% ao ano, é o que a gente está trabalhando. Tem a possibilidade de um financiamento de até R$ 21 mil no Primeiro Passo”.
“A ideia é pegar na mão, tirar daquela situação abaixo do limite da pobreza, levar para a condição de superação da pobreza e para a classe média. Então, esse caminho, já são mais de 200 mil empreendedores do Bolsa Família, do Cadastro Único, em todo o Brasil e, agora, vamos acelerar. Quero muito em breve alcançar o primeiro 1 milhão de empresários e empresárias do Bolsa Família, do Cadastro Único”, disse Wellington Dias
Com olhar especial para o protagonismo feminino, o programa destinou 67% das operações de crédito a mulheres, segundo o ministro.
O Acredita no Primeiro Passo é articulado em três eixos:
– Capacitação profissional – Oferece cursos gratuitos de qualificação profissional, educação financeira e empreendedorismo por meio de parceiros, proporcionando desenvolvimento de habilidades para executar melhor as atribuições.
– Acesso ao emprego – Apoio na busca por oportunidades de trabalho e intermediação com empresas. Para facilitar o acesso às oportunidades, o Programa oferece uma ferramenta digital de criação de currículos.
– Apoio ao empreendedorismo – incentivo e suporte para quem deseja abrir o próprio negócio, com acesso a crédito e qualificação. Para quem está precisando de crédito para alavancar ou abrir um novo negócio, basta procurar uma agência bancária, as Salas do Empreendedor (Sebrae) de sua cidade ou entidades autorizadas pelo Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado.
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Critérios
Todas as pessoas inscritas no Cadastro Único e cadastradas no Programa Acredita no Primeiro Passo, que já possuem um negócio ou querem começar uma empresa, podem participar das ações de empreendedorismo. Isso inclui a participação em cursos e o acesso ao microcrédito produtivo orientado.
Podem participar do programa pessoas de 16 a 65 anos de idade, com informações atualizadas no CadÚnico, sendo priorizada a atenção junto a pessoas com deficiência, mulheres, jovens, negros e integrantes de populações tradicionais e ribeirinhas.
Emprego
Outro dado destacado pelo ministro foi o número de empregos com carteira assinada ocupados pelo público do Bolsa Família e inscritos no CadÚnico. Só no mês de fevereiro, dos 431.995 empregos gerados no Brasil, 253.044 postos de trabalho (ou 58,6% do total) foram preenchidos por esse público. Dias ressaltou que esse aumento é fruto das mudanças feitas no programa de transferência de renda, ao longo dos últimos dois anos.
“Está dando resultado: o Brasil está crescendo. As pessoas, com essas modificações que fizemos, estão indo a campo atrás de trabalho. Foram 16 milhões e 500 mil admissões do povo do Bolsa Família, do Cadastro Único, em 2023 e 2024, então não é pouco”.
“Quando a gente pega, por exemplo, o saldo positivo de emprego do Brasil, comparando 2024 com 2023, 1 milhão e 650 mil empregos novos, gente que estava desempregada lá atrás e agora passou a trabalhar. 98,8% é o povo do Cadastro Único, é o povo do Bolsa Família. Então o povo quer trabalhar. Esse caminho certamente é o que o Brasil quer trabalhar, e mais apoio ao empreendedorismo”, disse Wellington Dias
Com a chamada Regra de Proteção, famílias que tiverem um aumento da renda mensal acima de R$ 218 por pessoa continuam recebendo benefícios. Para isso, esse aumento de renda não pode ultrapassar meio salário mínimo por indivíduo da família. Os beneficiários que ingressaram na Regra de Proteção passam a receber 50% do valor regular do Bolsa Família, por um período de até 24 meses.
“É possível ter o benefício e é possível trabalhar, e é possível garantir, inclusive recebendo benefício cheio e trabalhando com carteira assinada. Depois cresce a renda, recebe a metade do benefício, porque aumentou o salário, e quando sai do benefício, não tem mais fila, volta automaticamente para o benefício. Ou seja, o Brasil é o primeiro país que organiza um sistema em que entra na proteção social uma vez, só sai para cima, ou seja, nunca mais volta para a miséria. É esse caminho que vamos colocar passos largos para o Brasil avançar”, explicou o ministro
Ranking de desenvolvimento humano da ONU
Durante o bate-papo com radialistas de várias emissoras do país, Welington Dias também comentou o resultado que apontou o crescimento do Brasil no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O país subiu cinco posições e aparece agora na 84ª colocação, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud). Com um IDH de 0,786 (em uma escala de 0,000 a 1,000), o indicador é considerado de alto desenvolvimento.
O documento atualiza o IDH de 193 países, com base em informações de 2023, sobre indicadores de expectativa de vida, escolaridade e Produto Interno Bruto (PIB) per capita – por indivíduo. As classificações do IDH são baseadas em pontos de corte fixos do índice.
“Não se trata de uma medida isolada. O Brasil, ao mesmo tempo, amplia mercado no mundo. Está agora o presidente Lula abrindo mercados nessa crise global com a China, com outros países. Aqui internamente, é o ministro Fernando Haddad (Fazenda) com toda a nossa equipe trabalhando o social e o econômico e o país crescendo de forma acelerada. De um lado, reduz a fome. Tiramos cerca de 29 milhões de pessoas até agora, daquelas 33 mihões que estavam passando fome. Ainda tem gente, estou aqui reconhecendo, e estamos com um olhar especial para a população em situação de rua. A miséria, que é os que estão abaixo do limite da pobreza, é os que passam fome, chegou a 9% da população brasileira, caiu ao mais baixo nível da história, 4 pontos percentuais, é o mais baixo de toda a história. A pobreza subiu para 37% e agora chegou na casa, segundo a FGV e IBGE, dos 25%, ou seja, o mais baixo nível de pobreza também”.
“O Brasil subindo cinco posições no mundo em dois anos, melhorando, então isso é extraordinário. Estamos na terceira posição, empatado com a Colômbia, aqui na América do Sul. Ainda tem o Uruguai e temos o Chile na nossa frente. Queremos ser um país de economia forte, sim, mas com desenvolvimento social. Essa é a proposta do presidente Lula, compromisso com o Brasil”, explicou o ministro
Assista à íntegra do Programa Bom Dia, Ministro
Fonte: Eduardo Biagini | Agência Gov
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil