Sistema para os gestores do CadÚnico terá portal integrado de dados, com plataformas de capacitação, relatórios analíticos e também análise de riscos. Plataforma vai facilitar a vida de quem faz o cadastramento e do cidadão
O depoimento de Sarah Rocha é um dos vários exemplos de superação que são resultado do incentivo proporcionado às famílias de baixa renda, inscritas no Cadastro Único, por meio dos programas sociais. A estudante de medicina contou sua história na tarde desta terça-feira (18/2), durante o lançamento do novo sistema do Cadastro Único, que garante o acesso de pessoas de baixa renda aos programas sociais do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Assim como muitos brasileiros, Sarah relatou que o benefício recebido pelo Programa Bolsa Família proporcionou melhores condições de alimentação e de moradia para ela e a família, além de possibilitar a prestação do vestibular para medicina, já que a estudante não tinha condições de pagar pela inscrição e conseguiu a isenção de taxa por meio do Número de Identificação Social (NIS). Hoje, ela deixou de ser beneficiária do programa e cursa Medicina na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), em Brasília. “Isso impacta nos acessos que o indivíduo tem”, afirmou.
O evento “Novo Cadastro Único – Porta Aberta para Direitos” contou com a presença do ministro Wellington Dias, da secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, e da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
O novo sistema do Cadastro Único trará inovação, integração, segurança e agilidade. Para isso, os operadores e entrevistadores terão à disposição um sistema de formação. São mais de 40 mil profissionais que operam o Cadastro Único e a capacitação será feita por meio de educação à distância para garantir o preparo de todos dos profissionais.
O ministro do MDS, Wellington Dias, afirmou que o Cadastro Único passou a ser referência para muitos países e destacou a importância de acompanhar a modernização.
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“Fizemos investimento para modernizar o cadastro, um cadastro que tem hoje uma capacidade de se integrar com várias áreas, com a educação, com a saúde, de se integrar melhor com os próprios municípios, com os estados, e de garantir uma condição de facilidade para um time extraordinário, que trabalha em cada centro de referência na área da assistência social”, explicou.
Segundo o ministro, o novo sistema vai “abrir portas para vários programas”. “É o Minha Casa Minha Vida, é ali o Pé-de-Meia, é o Auxílio Gás, o Bolsa Família, um conjunto de programas que garante as condições de dignidade”, lembrou.
A secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS, Letícia Bartholo, explicou que o novo sistema vai utilizar a integração das bases de dados do Governo Federal na inclusão de novas famílias e atualização de informações de pessoas já cadastradas.
“Nascimentos, óbitos, benefícios previdenciários, emprego formal, CPF. Isso melhora a vida do operador, que não tem que gastar tanto tempo para digitar as informações, e a vida da pessoa que vai se cadastrar, que ela não precisa gastar mais tempo dizendo ao poder público informações que o poder público já possui”, diz Letícia Bartholo.
O novo Cadastro Único também inclui a plataforma de gestão de riscos, por meio da qual será possível monitorar e identificar fraudes, utilizando algoritmos de inteligência artificial para evitar erros. Além disso, uma plataforma de relatórios analíticos será disponibilizada para facilitar a busca ativa nos municípios brasileiros. Desta forma, as políticas públicas se tornam mais acessíveis e chegam a quem mais precisa.
“Se o município quiser saber, por exemplo, num bairro, quais as famílias que têm pessoas com deficiência e não têm acesso ao saneamento básico, ele vai poder puxar esse relatório analítico e assim estabelecer melhor as políticas no combate à pobreza em suas diversas dimensões”, explicou Letícia.
Fonte: Agência Gov/Via MDS
Foto: Roberta Aline/MDS