Feito para ajudar jovens que menstruam, bem como orientar familiares, profissionais de saúde, assistentes sociais e educadores, o Guia Para o Cuidado Menstrual de Pessoas Com e Sem Deficiência é um manual simplificado que explica todo o processo do ciclo de vida menstrual, iniciado na puberdade e acontece por cerca de 40 anos durante a vida.
A publicação é fruto de parceria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e está disponível em versão impressa e para download no repositório de publicações da Fiocruz.
Colaboradora para a elaboração e desenvolvimento do guia, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, o documento está alinhado à visibilidade e ao direito à saúde das pessoas que menstruam. “O guia ajuda a desvendar os tabus em torno da nossa sexualidade, dos direitos reprodutivos e da dignidade menstrual na perspectiva das pessoas com deficiência”, destacou
O documento reconhece que vários corpos experienciam a menstruação, a exemplo de meninas, mulheres, homens trans e pessoas de gênero não binário. O conteúdo da cartilha foi desenvolvido a partir das referências listadas, de debates e consulta à sociedade civil organizada pela emancipação das pessoas com deficiência no Brasil.
São quatorze páginas explicando de forma educativa como funciona todo o processo do ciclo menstrual e como ele está ligado à saúde e ao bem-estar físico e mental. Apresenta informações sobre as características, os sintomas e também como se cuidar durante o ciclo. Ensina o que evitar para não ter problemas de saúde, passar por constrangimentos, situações de vulnerabilidade e como adquirir absorventes junto às equipes de saúde da família.
Pessoas com deficiência
Além de tratar temas como pobreza e educação menstrual, o guia apresenta sugestões para efetivar a saúde menstrual inclusiva. A publicação também borda os estigmas que inviabilizam o cuidado menstrual das pessoas com deficiência e resultam em situações como falta de acesso à informação, acessibilidade, higiene, violações do direito sexual e reprodutivo, entre outros.
As orientações vão desde como obter apoio social por meio de ações de combate à discriminação, o fortalecimento da representatividade de pessoas com deficiência e a garantia do acesso a instalações e serviços de infraestrutura adequada, acessíveis e seguras.
Também participam da publicação o Instituto Federal Fluminense, a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, o Departamento de Administração e Planejamento em Saúde – Daps/Ensp, o Comitê Fiocruz Pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas Com Deficiência.
Fonte: Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania