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Gleisi critica duramente Armínio Fraga e recorda fracasso da gestão do tucano à frente do BC

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), junto com os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), repudiou no último dia 2 declarações recentes de Arminio Fraga, ex-presidente do BC (Banco Central), em que defendeu os interesses do chamado mercado em detrimento do papel do governo federal na sucessão do atual presidente do banco, o bolsonarista Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no final deste ano e, então, será substituído por um nome a ser indicado por Lula.

“Arminio Fraga é a estrela do dia na campanha de mídia para desacreditar, por antecipação, o sucessor do bolsonarista Campos Neto no BC. A tal independência do BC é isso: querem proibir Lula de fazer política monetária e cambial. E ainda querem dar lições de política fiscal”, escreveu Gleisi Hoffman, na rede social X, ex-Twitter. Com números, ela lembrou o incontestável fracasso da gestão de Armínio na chefia do BC, no governo tucano FHC (1994-2002).

“Vamos recordar: o governo em que Fraga era presidente do BC levou o risco Brasil ao recorde negativo de 1.446 pontos, praticamente triplicou a dívida pública para 57% do PIB, entregou para Lula uma taxa Selic de 24,9% (juros reais de 13%!) e uma inflação de 12%, fora de controle. Lula derrubou a dívida a 37% do PIB, derrubou a inflação à metade (média de 6,4% no IPCA), baixou os juros reais a menos de 4%, e obteve o grau de investimento.”, escreveu Gleisi.

Fracasso do neoliberalismo
Ela acrescentou que, ao contrário do que disse Armínio Fraga, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Lula conseguiu avanços para o País sem rasgar o programa do PT, “mas fazendo a economia crescer com investimento público, privado e das estatais, com aumento real do salário, com Bolsa Família e geração de empregos. O que ele rasgou foi a cartilha neoliberal que põe os interesses do mercado na frente do país e da população.”

A presidenta do PT chamou a atenção para o fato de que os “neoliberais que votaram em Lula contra Bolsonaro em 22, como é o caso de Armínio, continuaram impondo sua política para os juros, por meio do tal BC “independente”. Mas agora, assinalou, “não se conformam com a aproximação do fim do reinado de Campos Neto no BC. São eles que querem repetir os erros do passado em que mandavam num país que não crescia, não gerava empregos e era submisso ao FMI. Foi por defender ideias assim na economia que o PSDB sumiu do mapa político do Brasil”.

“Mercado” contra o povo
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, denunciou que o ex-presidente do BC, “falando em nome do ‘mercado’, resolveu ameaçar o governo Lula”. “Para eles, o governo Lula não pode governar. Tem que se submeter ao mercado. Cortar gastos, reduzir o salário mínimo e desvincular saúde e educação dos aumentos de receita”, escreveu, também no X.

Zarattini aproveitou para criticar a Folha de S. Paulo, que em editorial disse que “Com economia e emprego firmes, é preciso atenção para o risco de aceleração demasiada da inflação, que parece ganhar corpo.” Segundo o deputado, “além de mentir- a inflação está contida- não querem redução do desemprego. Pra eles a única política econômica possível é sacrificar o povo. Aliás a receita do Milei na Argentina”.

Consenso de Washington
Já o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que Arminio Fraga desconsidera os resultados econômicos positivos do governo Lula, além de apenas “defender essa política monetária inaceitável do BC e o aperto fiscal com cortes sociais”.

“Entrevista de Armínio hoje na Folha desconsidera resultados econômicos que impactam fortemente a vida do povo: como crescimento da renda familiar em mais de 11% em 2023 e o menor desemprego(7,5% em Abril) desde 2015. Foram 1,7 milhões de empregos formais anunciados pelo CAGED nos últimos 12 meses. É uma entrevista para defender essa política monetária inaceitável do BC e aperto fiscal com cortes sociais”, escreveu o parlamentar no X, antigo Twitter.

“Nem uma palavra sobre as manipulações do mercado como a que aconteceu no último boletim Focus quando uma instituição apostou numa inflação de 8% no fim de ano só para influenciar a subida dos juros pelo COPOM”, observou Lindbergh.

“Outro ponto importante é que a entrevista revela um ressentimento de uma viúva do Consenso de Washington que anunciava um neoliberalismo radical nos anos 90. Isso não existe mais no mundo que Armínio idealizava. Daí o amargor e as críticas ao ‘protecionismo’ dos EUA e da China”, completou Lindbergh.

Foto: Zeca Ribeiro
Fonte: Site do PT na Câmara

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