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Emerson Santos: PT terá candidatura própria na maioria das cidades da Baixada Santista

Emerson Santos fala sobre conjuntura e PT na Baixada Santista

A liderança do Partido dos Trabalhadores na Baixada Santista e dirigente estadual do PT-SP, Emerson Santos, concedeu nesta terça-feira (18/07), entrevista para o Jornal Enfoque com apresentação do jornalista Francisco La Scala.

Confira abaixo, a matéria completa do site Boqnews:

Dirigente do PT, Emerson Santos, falou que o partido terá candidatura na maioria das cidades da Baixada Santista, ao lado de outras legendas de esquerda

O Partido dos Trabalhadores (PT) terá candidatura própria na maioria das cidades da Baixada Santista.

A afirmação é do dirigente estadual da legenda e representante na Baixada Santista, Emerson Santos.

Ele participou do Jornal Enfoque desta terça (19), onde falou das pretensões da legenda e da expectativa em relação ao Governo Lula.

Assim, em meio às pesquisas eleitorais recém divulgadas em relação à disputa pela Prefeitura de Santos, o dirigente acredita que haverá espaço para uma terceira via.

Atualmente, a polarização ocorre entre o nome do prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), que tenta a reeleição, e a deputada federal Rosana Valle (PL).

Por sua vez, alguns levantamentos trazem o nome do ex-prefeito e atual deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

No entanto, nos bastidores, o Boqnews apurou que ele dificilmente sairá candidato para retornar ao Palácio José Bonifácio, onde ficou por 8 anos (dois mandatos).

Opção

“Queremos ser um contraponto à direita e centro-direita em Santos”, avalia.

Assim, segundo ele, o PT junto com os partidos da federação (PCdoB e PV) e de outras legendas, como PSOL e PDT, podem contribuir para uma frente partidária à esquerda como opção ao eleitorado, acredita o dirigente.

“Há uma possibilidade real de construírmos esta alternativa”, destaca.

Dessa forma, Santos salienta que o próprio nome da ex-prefeita e vereadora Telma de Souza é bem avaliado nas pesquisas divulgadas.

“Ela é uma liderança”, destaca.

No entanto, ele cita outros nomes – não exclusivamente do PT – que podem assumir o papel de uma candidatura mais à esquerda, como o da vereadora Débora Camilo (PSOL).

Assim, dentro dos quadros do PT, Santos destaca nomes com potencial para uma eventual candidatura pelos partidos que poderão se unir e fazer uma ampla frente de legendas.

Portanto, casos do vereador Chico Nogueira, do advogado Douglas Martins (que foi candidato a prefeito em 2020, ficando em terceiro lugar), além dos médicos Marcos Caseiro e Arthur Chioro, entre outros nomes.

O dirigente do PT participou do Jornal Enfoque desta terça (18), com apresentação do jornalista Francisco La Scala. Foto: Carla Nascimento

Outras cidades

Dessa forma, nas últimas eleições municipais em 2020, o PT lançou candidatos em 8 das 9 cidades da região – exceto Guarujá.

Com a volta do governo Lula ao Governo Federal, a expectativa é que o partido – que desde 2016 não ocupa uma prefeitura da região – volte a ganhar maior espaço no Executivo assim como no Legislativo também na Baixada Santista.

Na região, a última vez foi em Cubatão, com a então prefeita Márcia Rosa.

Dessa maneira, realidade bem distinta da última década do século passado e da primeira deste século.

Afinal, na ocasião o PT chegou a governar Santos em duas ocasiões (com Telma de Souza e David Capistrano), além de São Vicente (Luca) e Cubatão (Márcia Rosa), mais recentemente.

Não bastasse, a Câmara santista chegou a ter 5 dos 21 vereadores da legenda.

Além disso, deputados estaduais e federais simultaneamente, como Telma de Souza, Maria Lúcia Prandi, Mariângela Duarte (as duas últimas já falecidas) e Fausto Figueira.

Dessa forma, Santos acredita que os ataques que o partido sofreu ao longo dos últimos anos, especialmente a partir do início do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, foram determinantes para a queda da popularidade da legenda.

“A Baixada é um reflexo desta situação”, salienta.

Afinal, o PT chegou a ter 68 prefeituras no passado, inclusive na Capital.

Hoje, são apenas 3 – de um total de 645 municípios paulistas.

Dessa forma, o partido já apresenta alguns pré-candidatos de olho em 2024.

Casos da procuradora municipal Paula Ravanelli, pré-candidata à prefeitura de Cubatão.

E do empresário Wilson Cardoso, em São Vicente.

Em Brasília, políticos aguardam a volta do presidente Lula do exterior para definir como será a acomodação que o governo fará com a chegada e apoio do PP e Republicanos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Governo Lula

O dirigente também falou do lançamento da nova versão do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento pelo presidente Lula.

Isso deve ocorrer em agosto.

“Prefeitos e deputados da região participaram dos encontros com ministros para ouvir as demandas visando a elaboração das propostas”, salientou.

Casos dos federais Alberto Mourão (MDB) e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

Ele acredita que a região necessita do apoio federal em projetos de mobilidade urbana, infraestrutura, saneamento e meio ambiente.

PP e Republicanos

Por sua vez, Santos reconhece que o PP e o Republicanos entrarão no governo Lula para garantir a maioria dos votos necessários (308) para votação em pautas importantes ao governo, especialmente quando houver necessidade de mudanças em emendas constitucionais.

“Isso é inevitável”, diz.

Dessa forma, nos bastidores de Brasília, o PSB pode perder um dos três ministérios (hoje, com  o vice-presidente Geraldo Alckmin à frente da pasta da Indústria; Flávio Dino, da Justiça; e Márcio França, de Portos e Aeroportos).

Assim, nos bastidores, o partido pode sofrer eventual saída de Alckmin como ministro (ficando como vice) e ida de França ao cargo.

“Defendemos que o ministro Marcio permaneça no cargo em razão da sua importância e conhecimento da região, onde está o maior porto do País e da América do Sul”, destaca.

Por sua vez, ele enfatiza, porém, que tudo ainda gira no campo das especulações e nada está definido.

Dessa maneira, qualquer definição apenas ocorrerá a partir de agosto, com o fim do ‘recesso branco’, instituído pela Câmara Federal até o final do mês.

Não bastasse, Santos descarta qualquer aproximação do PT com o governo Tarcísio de Freitas, do Republicanos.

“O PT é oposição ao governo Tarcísio. Esta posição está muito clara”, destaca.

Assim, conforme ele, apesar dos ataques sofridos pelo governador por deputados federais do PL em razão da votação da reforma tributária, Tarcísio é muito próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Não há possibilidade alguma (de apoio)”, descarta.

Assista ao programa completo:

Fonte: Fernando de Maria/ BoqNews

Fotos: Carla Nascimento

Link original da matéria abaixo: 

PT terá candidatura própria na maioria das cidades da Baixada Santista

 

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