As projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024, divulgadas nas análises do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Organização das Nações Unidas (ONU), são o reconhecimento do êxito do governo Lula ao promover o aumento do consumo das famílias, o reforço da massa salarial, o mercado de trabalho aquecido e a maior oferta de crédito, além dos grandes investimentos em programas sociais e de reestruturação da indústria brasileira.
Com base no estudo Visão Geral da Conjuntura, o IPEA revisou para cima a projeção de crescimento do PIB em 2024, de 3,3% para 3,5% – mesmo prevendo nova desaceleração no quarto trimestre, com altas de 0,3% na comparação com ajuste sazonal e de 3,8% sobre o mesmo período do ano passado. Tudo isso mostra que a narrativa alarmista do mercado financeiro não encontrou respaldo na realidade mostrada pelos números.
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“Mesmo prevendo nova desaceleração do PIB no quarto trimestre com altas de 0,3% na comparação com ajuste sazonal e de 3,8% sobre o mesmo período do ano passado, chegaríamos a um crescimento acumulado de 3,5% para 2024”, indica o estudo divulgado em meados de dezembro, com análise detalhada da economia do Brasil e do cenário externo, assinado pelos economistas Claudio Roberto Amitrano, Mônica Mora Y Araujo e Claudio Hamilton Matos do Santos.
O Ipea expôs ainda o novo modus operandi dos especuladores: “É crescente o número de analistas que mencionam – admitidamente sem cálculos precisos a respeito – a possibilidade de que o país esteja se aproximando de um cenário de “dominância fiscal” no qual os aumentos na taxa de juros pelo Banco Central (BC) não são capazes de conter a inflação por conta do tamanho elevado da dívida pública”.
O setor de serviços segue como um dos principais motores de crescimento da economia, segundo o IPEA, com altas previstas de 3,7% e 2,4% em 2024 e 2025, respectivamente.
Brasil bate média mundial
Já a ONU em seu Relatório sobre a Situação Econômica Mundial, divulgado na quinta-feira (9), que o Brasil foi o país com o maior reajuste nas previsões de crescimento entre as grandes economias do mundo em 2024, com elevação de 0,9% em relação à projeção feita em setembro de 2024.
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O percentual foi revisado de 2,1% para 3%, batendo a média mundial de 2,8%, e também superando o índice registrado pela América Latina de 1,9%. O documento apontou que o consumo deve permanecer resiliente no Brasil por seu forte mercado de trabalho, gastos sociais elevados e aumento do salário mínimo.
A ONU destacou ainda outro grande êxito do governo do presidente Lula na redução da pobreza. O Brasil atingiu, em 2023, o menor nível de pobreza e extrema pobreza em 12 anos, com 8,7 milhões de brasileiros deixando de viver abaixo da linha de pobreza.
Economia crescendo e povo consumindo
“Continuamos com o PIB crescendo e gerando mais emprego e renda na mão dos brasileiros”, afirmou o presidente Lula em dezembro, quando também disse que vai entregar seu governo “com a economia crescendo, o povo consumindo e o mercado reclamando”.
Em trecho de entrevista postada em suas redes sociais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que “vamos chegar (a 2026) com a economia muito mais arrumada do que herdamos”, contendo gastos sem prejudicar os trabalhadores.
Desafios
Para 2025, o relatório da ONU traz estimativas de crescimento de 2,3% e a média global deve ficar em torno de 2,8%. O desempenho da economia brasileira será superior à média histórica de 1,4%, registrada entre 2010 e 2019.
Mesmo com gastos fiscais mais restritos e a expectativa de menos exportações, o relatório vê vários itens positivos na economia brasileira.
“O crescimento da formação bruta de capital fixo também deve desacelerar em 2025 devido aos custos de financiamento mais altos. Apesar desses desafios, o consumo privado provavelmente permanecerá resiliente, apoiado por um mercado de trabalho forte, gastos sociais elevados e um aumento no salário mínimo”, diz o documento da ONU.
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Fonte: Redação do PT Nacional
Foto: Ricardo Stuckert/PR