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Efeito Lula: PIB cresce 5,4% em outubro, na comparação anual, e mira alta de 3,5% em 2024

Números revelados pela FGV refletem mercado de trabalho e demanda interna aquecidos; no entanto, juros podem prejudicar crescimento em 2025

A atividade econômica brasileira registrou crescimento de 5,4% em outubro de 2024, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Monitor do PIB, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). Apesar da leve retração de 0,5% em relação a setembro, o resultado mostra uma economia aquecida, com aumento acumulado de 3,4% nos últimos 12 meses. Em declaração recente, o ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que o PIB de 2024 deve superar os 3,5%, “com a menor taxa de desemprego da série histórica”.

Crescimento robusto e tendência positiva

Os dados do Monitor do PIB mostram que a economia brasileira sustenta uma tendência de crescimento robusto. Na análise dos últimos 12 meses até outubro, o indicador acumula alta de 3,4%, reflexo do bom desempenho de setores como serviços, indústria e consumo das famílias. A expansão interanual, de 5,4%, traz o melhor resultado registrado em 2024, o que explica as projeções otimistas.

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Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB-FGV, destacou que a retração pontual em outubro é resultado do fraco desempenho da agropecuária e de uma estagnação na indústria e nos serviços. “De qualquer maneira (…) a economia segue dando sinais de crescimento. Essa retração é insuficiente para gerar preocupação”, explicou. “É só uma compensação em relação a setembro”.

Para o coordenador do Núcleo de Contas Nacionais (NCN) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), Claudio Considera, os impactos sazonais e oscilações pontuais não alteram o quadro de crescimento. “O Monitor mostra uma taxa anualizada acima de 3% e está subindo. Que teremos crescimento acima de 3%, isso é certo, mas podemos chegar a mais de 3,5%”, afirmou.

Fatores que sustentam 

De acordo com os analistas, o desempenho positivo tem sido impulsionado principalmente pelo mercado de trabalho aquecido, pelo aumento da renda e pela ampliação do consumo das famílias, que subiu 4,9%. O consumo do governo também apresentou alta de 2,9% no mesmo período.

Do lado da oferta, a FGV apontou crescimento de 3,7% tanto nos serviços, que representam quase 70% do PIB, quanto na indústria. Além disso, a formação bruta de capital fixo, indicador que mede os investimentos, avançou 5,2% em 12 meses, refletindo a confiança na condução da economia.

No setor externo, as exportações cresceram 4,3% no acumulado em 12 meses, mas as importações apresentaram um ritmo mais acelerado, com alta de 12,7%. Segundo Claudio Considera, o aumento nas importações está relacionado ao bom momento da indústria, que ampliou suas compras externas de máquinas e equipamentos para atender à demanda aquecida. “O emprego em alta e a renda em crescimento estimulam o consumo das famílias, o que aquece o varejo e gera um efeito positivo na indústria”, explicou.

O problema dos juros altos

Apesar do cenário otimista para 2024, os especialistas alertam que o desempenho econômico em 2025 dependerá do impacto da política monetária do Banco Central, que recentemente aumentou a jaxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual. Trata-se de uma verdadeira sabotagem do atual presidente, o bolsonarista Roberto Campos Neto, ao país. “Os juros em alta vão atrapalhar um pouco o crescimento”, explicou Claudio Considera. “O ritmo da economia em 2025 vai depender muito do impacto dos juros no consumo, que hoje é o grande motor do crescimento”.

No entanto, no que depender do trabalho e das políticas desenvolvimentistas e sociais do governo Lula, o Brasil continuará não somente crescendo e “surpreendendo” os analistas, mas dividindo a riqueza para construir um país cada vez mais próspero e justo.

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Fonte: Redação do PT Nacional
Foto: Freepik / Site do PT

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