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Efeito Lula: PIB cresce 2,5% no 1º trimestre de 2024 em relação a igual período de 2023

Dados são do IBGE, que aponta entre as causas o aumento do consumo das famílias e dos empregos e outras conquistas do governo Lula

IBGE aponta o aumento do consumo das famílias entre as causas do bom desempenho do PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com igual período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta entre as principais causas o aumento da renda dos brasileiros, do consumo das famílias e dos empregos, avanços conquistados durante o governo do presidente Lula.

“O PIB avançou no primeiro trimestre desse ano puxado por maior consumo das famílias e serviços. E outra boa notícia é que, segundo a previsão do FMI, o Brasil subirá mais uma posição chegando a 8º PIB mundial. Mais uma prova de que estamos no rumo certo”, disse Lula, nas redes sociais.

A presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também foi às redes celebrar o resultado. Ela lembrou, no entanto, que o quadro poderia ser muito mais positivo não fosse a atuação de Roberto Campos Neto no comando do Banco Central.

“Boa notícia para o país, acompanhada pelo aumento do emprego e a queda da inflação, além do aumento dos investimentos, programas sociais e a retomada do crédito, que poderiam ser muito melhores se não fosse a criminosa taxa de juros imposta pelo presidente bolsonarista do Banco Central”, apontou Gleisi. “Mais uma vez o presidente Lula contraria as previsões sempre erradas dos especuladores e dos fanáticos do neoliberalismo”.

Indicadores

O Valor Adicionado a preços básicos subiu 2,3%, e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 3,4%.
O setor de Serviços cresceu 3,0% ante o mesmo período de 2023, com altas em todas as suas atividades: Outras atividades de serviços (4,7%), Informação e comunicação (4,6%), Atividades Imobiliárias (3,9%), Comércio (3,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,4%).

A Indústria cresceu 2,8%. As Indústrias Extrativas (5,9%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (4,6%), com destaque para o consumo residencial.

A Construção (2,1%), por sua vez, teve a segunda alta consecutiva corroborada pelo aumento da ocupação na atividade e da produção dos insumos típicos. A Indústria de Transformação (1,5%) teve o menor crescimento nessa comparação, puxada pela alta na fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis; produtos alimentícios e bebidas.

Consumo das famílias em alta

No primeiro trimestre de 2024, tanto a Despesa de Consumo das Famílias (4,4%) quanto a Despesa de Consumo do Governo (2,6%) tiveram alta ante o primeiro trimestre de 2023.

A trajetória ascendente do consumo das famílias, fundamental para reaquecer a economia, como tem repetido o presidente Lula, resulta de uma série de medidas adotadas pelo governo federal nesse sentido, como a retomada do aumento real do salário mínimo, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de renda até dois salários mínimos e a expansão da cobertura dos programas de distribuição de renda, a exemplo do Bolsa Família.

Em relação às quedas, a Agropecuária recuou 3,0% na comparação com igual período do ano anterior. Apesar da contribuição positiva da Pecuária, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), alguns produtos agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram queda na estimativa de produção anual e perda de produtividade: soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%), e mandioca (-2,2%).

Capital Fixo retoma fôlego

A Formação Bruta de Capital Fixo avançou 2,7% no primeiro trimestre de 2024, apresentando alta após três quedas consecutivas. O crescimento das importações de bens de capital, o desempenho positivo da construção e o aumento do desenvolvimento de sistemas suplantaram a queda na produção interna de bens de capital.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 6,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 10,2% no primeiro trimestre de 2024.

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Alta de 0,8% em relação ao trimestre anterior

No primeiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 0,8% frente ao quarto trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal. Pela ótica da produção, os destaques foram Serviços (1,4%) e Agropecuária (11,3%), enquanto a Indústria ficou estável (-0,1%).

O PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Nas atividades de Serviços houve crescimento em Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,5%). Por outro lado, houve estabilidade nas atividades de Intermediação financeira e seguros (0,0%) e Administração, saúde e educação pública (-0,1%).

Brasil no rumo certo

Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (1,5%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (4,1%) se expandiram, enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,0%) registrou estabilidade.
Para Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, algumas atividades dentro do setor de serviços se destacaram na alta do PIB ante o trimestre anterior. “O comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”, afirmou.

Na mesma comparação, Rebeca lembra que, na análise do PIB pela ótica da demanda, observa-se uma continuidade do crescimento do consumo das famílias, devido à melhoria do mercado de trabalho no país e às taxas de juros e de inflação mais baixas, além da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.

Quanto ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 0,2% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 6,5%.
Dentre as atividades industriais, houve queda nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,4%). Já a Indústria de Transformação (0,7%) teve desempenho positivo.

Acima das expectativas do mercado

O crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre é maior do que o inicialmente previsto pelo mercado e foi impulsionado pela queda do desemprego e da inflação, dois dados que não costumam recuar juntos. Isso é ainda mais relevante quando há um aumento da renda, como houve.

“O destaque é o oposto do que foi no ano anterior. Em 2023, o crescimento foi basicamente o agro. Desta vez, o destaque são os serviços, mas há três impulsos. O primeiro é o mercado de trabalho muito forte. É impressionante, a taxa de desemprego não para de cair, tanto no IBGE, quanto no Caged. O segundo impulso tem a ver com o crédito. E o terceiro impulso, que explica a história dos serviços, é o gasto público. A expansão fiscal pode trazer preocupação no médio prazo, mas no curto prazo ajuda o crescimento”, disse o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo.

PIB acumula alta de 2,5% em quatro trimestres

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024 apresentou crescimento de 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do avanço de 2,6% do

Valor Adicionado a preços básicos e de 2,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (6,4%), Indústria (1,9%) e Serviços (2,3%).

Dentre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (8,2%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (5,9%) apresentaram crescimento, enquanto a Construção (-0,3%) e a Indústria da Transformação (-0,6%) recuaram.

Nos Serviços, houve resultados positivos em todas as atividades: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,7%), Atividades imobiliárias (3,2%), Outras atividades de serviços (2,7%), Informação e comunicação (2,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,3%) e Comércio (1,0%).

Na análise da demanda, houve altas na Despesa de Consumo das Famílias (3,2%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,1%), e queda na Formação Bruta de Capital Fixo (-2,7%).

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 9,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram elevação de 0,8%.

Fonte: pt.org.br

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