O deputado estadual pelo Paraná, Renato Freitas (PT), destacou a necessidade urgente de uma reforma agrária e urbana no Brasil como um passo fundamental para corrigir injustiças históricas que continuam a impactar a população negra e marginalizada. Freitas argumenta que a desigualdade social no país tem raízes profundas na distribuição injusta da terra, remontando à Lei de Terras de 1850. Segundo o deputado, essa legislação foi instrumental para impedir que negros alforriados em 1888 pudessem ocupar terras abandonadas, forçando-os a viver nas margens da sociedade, seja em beiras de rios ou morros.
O parlamentar também criticou o papel do Estado na perpetuação dessas desigualdades, ao conceder títulos de propriedade que favoreceram imigrantes europeus, enquanto as famílias tradicionais portuguesas mantiveram suas Sesmarias. Para Freitas, essas políticas visavam ao “branqueamento” do país, contribuindo para a exclusão dos negros de qualquer chance real de posse de terras.
“É por isso que até hoje nosso povo sofre em moradias precárias ou mesmo nas ruas, sem acesso ao direito básico de ter um teto digno”, afirmou Renato Freitas. Ele defende que o Estado brasileiro tem uma dívida histórica com a população negra, e que a reforma agrária e urbana é o início necessário desse processo de reparação.
Com essa posição, o deputado reforça seu compromisso com a justiça social e a luta por políticas públicas que promovam igualdade e dignidade para todos.
Foto: Facebook do Deputado Renato Freitas
Fonte: Galera Vermelha
