Com a quarentena e o isolamento social causados pela luta contra o coronavírus, algumas questões se tornam frequentes à população de diversos municípios, como é o caso de Suzano, caso a Covid-19 alastre na cidade, para onde a população irá? Será que a Santa Casa consegue atender todos? Ou o hospital de campanha montado é suficiente? E quais são os critérios para o relaxamento da quarentena?
Em conversa com Gabriel Dantas, secretário de juventude do PT em Suzano, foi possível verificar as incertezas da cidade: “De maneira irresponsável o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL), divulgou que iria liberar a abertura de comércios como óticas, hotéis e fábricas de tecidos, sem explicar ao certo qual o intuito dessa flexibilização, a não ser agradar pequenos grupos de empresários locais”, iniciou o secretário.
A cidade é repleta de trabalhadores e trabalhadoras informais, que já estão sofrendo com a falta de garantias de direitos e estabilidade de emprego desde o golpe de 2016, em razão das políticas neoliberais adotadas: “Em um país subdesenvolvido como o Brasil, só garantir a quarentena não basta”, afirmou Gabriel, relembrando a necessidade de políticas públicas eficazes que protejam a população, articulando principalmente com as áreas de Assistência Social e Saúde, um trabalho que vai além do uso de dinheiro, busca a capacidade de gestão dos atuais governantes da cidade.
“As periferias [de Suzano] estão se articulando e enfrentando os problemas de forma autônoma, explodem campanhas de arrecadação e distribuição de alimentos, itens básicos de higiene, máscaras e talvez o mais grave, apoio às vítimas de violência doméstica”, informou. A quarentena e a proteção social da população na cidade de Suzano são necessárias para proteger vidas. “É preciso articular com as entidades e movimentos que atuam nas periferias, sendo essa a forma de conseguir atingir uma camada despercebida da cidade, além de reforçar a criação de políticas públicas”, concluiu.
