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Com ato solicitado pelo deputado Marcolino na Alesp, delegados sindicais tomam posse com críticas a terceirizações na saúde paulista

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou, nesta quarta-feira (28), a cerimônia de posse de aproximadamente 200 delegados sindicais de base (DSB) vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP). De modo geral, os delegados ajudam na fiscalização das condições de trabalho em unidades como hospitais, postos, prontos-socorros e prontos atendimentos. No estado, 383 filiados foram eleitos para atuar em 124 estabelecimentos distribuídos por 20 regionais.

O ato ocorreu na Alesp a pedido do deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT). No entendimento do parlamentar, o modelo de organização interna do SindSaúde fortalece o controle social ao fiscalizar presencialmente as unidades gestoras em que os delegados eleitos já estão lotados. Marcolino acrescentou que o Parlamento Paulista “sempre foi um palco de luta, organização, mobilização e conquista” do Sindicato que representa cerca de 20 mil trabalhadores paulistas do Sistema Único de Saúde (SUS).

O presidente do SindSaúde, Gervásio Foganholi, enalteceu a capacidade de mobilização dos delegados sindicais de base. “Vocês têm um papel fundamental na defesa não apenas deste Sindicato, mas do serviço público de qualidade e de um SUS público, de um SUS estatal”, frisou Foganholi. “Vamos lutar para manter o SUS de pé e os nossos direitos trabalhistas garantidos”, complementou Janaína Santos, secretária-geral do SindSaúde.

Gestão hospital terceirizada

No evento, lideranças sindicais criticaram as terceirizações da gestão hospitalar do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) implementadas por meio dos contratos com Organizações Sociais de Saúde (OSS). “A partir do momento que privatizou, a lógica é o lucro. E o lucro é incompatível com um bom atendimento da população”, salientou Douglas Izzo, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidade à qual o SindSaúde é filiado.

Além das críticas, os sindicalistas relataram a insatisfação da categoria com o reajuste de 5% sugerido pelo Governador. Para o Sindicato, o percentual é insuficiente para repor perdas inflacionárias acumuladas. Também houve críticas ao valor do tíquete alimentação, fixado em R$ 12 por dia útil e à falta de concursos públicos.

No caso do tíquete, o deputado Marcolino adiantou que uma emenda dele ao texto do projeto de lei (PL 412/2025) que trata das Diretrizes Orçamentárias (LDO 2026), em tramitação na Alesp, busca adequações contábeis para facilitar os próximos reajustes.

Greve à vista

Por último, Foganholi informou que a categoria prepara uma assembleia para o dia 24 de junho, com passeata saindo da Avenida Paulista em direção à Secretaria de Saúde. A expectativa é que o ato termine na deliberação de uma greve.

Assista ao evento na íntegra, em transmissão da Rede Alesp:

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Fonte: Redação Alesp
Foto: Marco A. Cardelino

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