A deputada federal pelo Paraná, Carol Dartora (PT), usou suas redes sociais para colocar em debate o 13 de maio, dia em que oficialmente se comemora a Dia da Libertação do Escravizados no Brasil.
Segundo a petista, a ocasião não é uma data a ser comemorada, mas sim de mais uma vez lembrar e denunciar as condições em que negras e negros foram colocados após uma abolição inacabada que não previa direito à saúde, moradia, emprego, educação e possibilidades de construção de um futuro que contemplasse suas vidas e seus direitos.
“Mais de 130 anos após uma declaração de liberdade fingida, que garantiu apenas que a justiça institucional e as elites brasileiras tomassem para si o título de salvadoras. As ruas, periferias e presídios agora carregavam o legado de uma marginalização forçada, que nos jogou para a condição de excluídos sociais, sem o poder de incidir na sociedade de qualquer maneira, sem garantia de dignidade social e moral”, destacou.
A deputada lembrou que sem políticas públicas que permitissem condições dignas de sobrevivência, foram negadas ao povo preto a terra, o trabalho, a educação de qualidade, perpetuando a opressão dos corpos e violação dos direitos que seguiu seu curso cruel, substituindo as senzalas pelas penitenciárias e as favelas, e os açoites dos senhores de engenho pela violência policial.
“Hoje ainda, grande parte da população negra vive em favelas, comunidades, bairros afastados devido à desvalorização salarial e preconceito”, destaca.