Para ajudar seu aliado, Michel Temer, o deputado Jair Bolsonaro, e todos seus pares do PSL, votou em agosto passado pela venda do petróleo do Pré-Sal, de propriedade da União e maior riqueza brasileira descoberta no último período.
A aprovação da medida desobrigou a Petrobras a ser operadora única do Pré-Sal no regime de partilha de produção. Além disso, eles ajudaram a derrubar destaques sobre a cessão onerosa da Petrobras.
Mas o voto de Bolsonaro não passou incólume e indiferente pela esquerda, que, logo que identificou seu voto no painel eletrônico, o criticou e o acusou de “entreguista”.
Deputados do PSOL e do PT, contrários ao projeto, foram para cima do adversário na corrida eleitoral. “Estamos diante de um Jair Entreguista Bolsonaro”, discursou o deputado Henrique Fontana (PT-RS), líder da Minoria na Câmara.
Pelo texto-base do projeto aprovado, a Petrobras pode transferir até 70% dos direitos de exploração de 5 bilhões de barris de petróleo da Bacia de Santos.
Mostrando covardia e medo da repercussão do seu voto, Bolsonaro que gosta de fazer circo, quando quer atenção para as baboseiras que fala, votou silenciosamente, sem discurso afinado com Temer. Bolsonaro também não se manifestou nas redes sociais sobre sua posição.
Seu filho, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), votou fechado com o pai e Temer.
Para onde iria o dinheiro do Pré-Sal? – Simples, o compromisso firmado no Governo Dilma Rousseff destinava os recursos para investimentos em Saúde e Educação.