Com um discurso enganoso de combate à corrupção e de uma nova opção para o Brasil, o candidato do PSL à presidência da república, Jair Bolsonaro, nada mais é do que um praticante da velha política.
Baseado numa ideologia conservadora e extremista, cheio de preconceitos e discriminações em relação ao próximo, o capitão da reserva do Exército cumpre o seu sétimo mandato como deputado federal e nunca apresentou um projeto relevante para o país.
Pelo contrário. Bolsonaro recebeu R$200 mil doados pela JBS, conglomerado de empresas dos irmãos Wesley e Joesley Batista. A quantia apareceu na prestação de contas do site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em maio de 2015.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, em maio de 2015, Bolsonaro assumiu a propina e relembra o fato em 2014:
(relembre trecho da reportagem da Catraca Livre, no link: goo.gl/BWNQqZ)
“Começaram as eleições de 2014. Me liga o presidente do meu partido [naquele momento, Ciro Nogueira] e diz que vai botar R$ 300 mil na minha conta. Disse que tudo bem, mas que colocasse R$ 200 mil na minha conta e R$ 100 mil na do meu filho. Quando vi o nome da Friboi, perguntei se queriam estornar. Falei que ia para a Câmara dos Deputados, ia jogar R$ 200 mil e dizer que é dinheiro do povo, porque foi dinheiro que pegaram do PT para se coligar com o meu partido”, disse Bolsonaro.
Na mesma entrevista, Bolsonaro diz que devolveu o dinheiro da Friboi e que o dinheiro que entrou em sua conta foi do fundo partidário. “A Friboi não colocou nada na minha conta, foi o partido”.
O deputado insistiu que devolveu os R$ 200 mil ao PP e que outro valor igual foi depositado em sua conta, mas desta vez vindo do fundo partidário. “Eu aceito do fundo partidário”, afirmou à rádio.
Questionado se o PP cometeu uma ilegalidade ao repassar dinheiro da JBS para sua campanha, Bolsonaro disse: “você queria que fizesse o que naquela época?”.
“Partido recebeu propina sim, mas qual partido não recebe propina?”, afirmou, com firmeza.