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Bolsa Família tem impacto positivo na nutrição de crianças de 0 a 6 anos, indica estudo do MDS

Pesquisa mostra avanços em diferentes indicadores, como no Índice de Massa Corporal (IMC), com redução nos casos de magreza acentuada – de 4,9% para 3,76%

Um estudo recente da Secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome (SECF) revela o impacto positivo do Programa Bolsa Família na melhoria do estado nutricional de crianças brasileiras de 0 a 6 anos. A pesquisa, que analisou dados de 285 mil crianças acompanhadas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) entre 2019 e 2023, demonstra avanços importantes em diferentes indicadores, como no Índice de Massa Corporal (IMC), com redução nos casos de magreza acentuada – de 4,9% para 3,76%.

Da mesma forma, a prevalência de sobrepeso diminuiu de 8,17% para 6,51% e a obesidade infantil caiu de 7,9% para 5,4% no mesmo período. Em contrapartida, o percentual de crianças com IMC adequado aumentou de 58,26% para 67,46%, demonstrando um resultado benéfico do programa na promoção de hábitos alimentares saudáveis.

O estudo também revelou progressos no desenvolvimento infantil. Os casos de estatura muito baixa para a idade diminuíram de 9,32% para 5,32%, enquanto a baixa estatura caiu de 11,01% para 7,57%.

Confira aqui a pesquisa

Para o diretor de Vigilância do Sisan, Alexandre Arbex Valadares, que coordenou a pesquisa, os resultados refletem o impacto do programa que vai além da transferência de renda.

“O estudo mostra que a permanência no Programa está diretamente relacionada com a melhoria no estado nutricional das crianças de 0 a 6 anos. Não se trata somente da transferência de renda, mas da permanência na creche e na escola, acesso ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além do acompanhamento nutricional de cada uma dessas crianças”, explica.

Outro dado relevante é a recuperação expressiva entre as crianças que apresentavam estado nutricional inadequado em 2019. Dentre aquelas com baixa ou muito baixa estatura, 77,51% alcançaram altura adequada até 2023. Nos casos de magreza, 64,35% atingiram um IMC adequado, enquanto 56,76% das crianças com sobrepeso ou obesidade alcançaram a eutrofia no mesmo período.

Uma política pública transformadora

Os dados da pesquisa reforçam o papel do Bolsa Família no combate à insegurança alimentar e na promoção da saúde infantil. O acompanhamento contínuo e integrado do estado nutricional das crianças beneficiárias é importante para garantir a sustentabilidade e a expansão desses avanços.

“É fundamental que crianças em situação de vulnerabilidade tenham acesso a políticas públicas que garantam o direito à alimentação. Além disso, destacamos a importância de um sistema robusto de monitoramento da segurança alimentar e do estado nutricional dessas crianças, para direcionar e aprimorar nossas ações de forma efetiva”, destacou a secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity. “A SECF está trabalhando na construção de um sistema de vigilância do Sisan, que fortalecerá a gestão e a avaliação de informações, garantindo políticas públicas cada vez mais eficazes no combate à fome e à pobreza”, concluiu.

Fonte e foto: Agência Gov | Via MDS
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