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Ameaça de bomba suspende análise do Pacote de Veneno em Brasília

Ameaça de bomba suspende análise do Pacote de Veneno em Brasília

Reunião ordinária foi interrompida, o pacote afrouxa as regras para registro, produção e comercialização e uso de agrotóxicos

O deputado federal, Nilto Tatto, do Partido dos Trabalhadores (PT), publicou em sua rede social reportagem a respeito da paralização dos trabalhos de comissão que analisa o Pacote do Veneno. Nesta quarta-feira (20), a sessão ordinária foi suspensa por risco da sala onde ocorreria a reunião conter uma bolsa com aparato explosivo.

O anúncio da suspensão dos trabalhos aconteceu após intervenção do deputado federal do PT, Patrus Ananias, criticar o pacote. “Isso não é pesticida, é humanicida, porque mata pessoas também. Temos aqui entre as empresas interessadas a Bayer, que produz medicamentos, mas que produzir ainda mais agrotóxicos, consequentemente vender mais remédios”, afirmou.

Os defensores da proposta usam o discurso da “modernidade” das novas tecnologias e da necessidade de “atualização” das regras para justificar a aprovação da proposta. “Modernidade é levar alimentação sadia à mesa de cada brasileiro e de cada brasileira. Desde que se passou a usar esse tipo de tecnologia que vocês defendem, a fome aumentou e também aumentaram as doenças causadas pelos venenos que a gente consome todos os dias”, protestou Nilto Tatto.

O Projeto de Lei 6.299/02, de autoria do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), aprovado no Senado, e outros 29 projetos apensados, está para ser votado na comissão que é formada em sua maioria por ruralistas. Batizado de Pacote de Veneno a lei afrouxa a fiscalização dos agrotóxicos, e entre outras coisas, renomeia para fitossanitário, mas o risco a saúde, permanece o mesmo

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