O que parecia um sonho distante tornou-se realidade: filha de agricultores, a pedagoga Márcia Conrado mudou-se para a cidade, conseguiu um emprego e saiu do aluguel. Ela conta que “a gente não poderia construir uma casa com os valores do nosso salário mensal. Então, recorremos ao Minha Casa, Minha Vida e, graças a esse programa, há dois anos estamos morando na nossa casa própria”. Márcia vive com o esposo agrônomo e os dois filhos em Ronda Alta, município de 10 mil habitantes no noroeste do Rio Grande do Sul. A família, que paga R$ 100,00 por mês pela casa própria, acordou cedo para saudar os ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT).
Os que optaram por permanecer no campo também têm motivos para agradecer. O agricultor familiar Jandir De Ré afirma que a produção cresceu durante os dois governos Lula, e agora está ameaçada. Ele explica que “teve Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], a gente conseguiu empréstimos em bancos com juros super baratos. Hoje, tu não encontras mais esse juro, porque já foram cortados”. De 2003 a 2014, os investimentos federais no Pronaf cresceram de R$ 2,2 bilhões para mais de R$ 30 bilhões por ano. O orçamento para o programa passou a contar com apenas R$ 4,8 bilhões em 2018.
Fonte: Jornal Brasil de Fato