O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou hoje que o governo Jair Bolsonaro (PL) “começa a destruir o Prouni”, após o presidente editar ontem uma MP (Medida Provisória) que amplia o acesso de alunos da rede privada ao programa.
“A Câmara deveria devolver para o Planalto esse lixo. Nojo”, escreveu Haddad nas redes sociais, sobre a MP.
O Prouni (Programa Universidade para Todos), desenvolvido durante a gestão de Haddad no MEC (Ministério da Educação), concede bolsas de estudo integral ou parcial para estudantes de baixa renda. De acordo com Haddad, quase 3 milhões de pessoas entraram na universidade pelo programa.
Hoje, podem se inscrever no Prouni alunos de escola pública ou quem fez o ensino médio em escola particular com bolsa integral. É preciso ter obtido, no mínimo, 450 pontos na prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e não ter zerado na redação.
Segundo a MP assinada por Bolsonaro, a medida ampliará o acesso de estudantes da rede privada, ou que receberam bolsa parcial, ao Prouni. A nota do Planalto também diz que será alterada a reserva de cotas destinadas a negros, povos indígenas e pessoas com deficiência, mas não está claro como isso acontecerá.
“Bolsonaro começa a destruir o Prouni. Um dos programas que eu mais me orgulho de ter concebido, junto com minha companheira Ana Estela”, cricitou Haddad.
No formato atual, os candidatos do Prouni também precisam comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de 1,5 salário mínimo ou 3 salários mínimos.
Com informações UOL