É preciso juntar as forças para que o Brasil supere essa crise e que aqui, bem aqui, onde estão nossos entes queridos, consigamos barrar o crescimento de casos de óbitos
Exemplos de cuidados de gestões públicas municipais para combater o coronavírus existem no Brasil e no Mundo. Nossa cidade, administrada pelo MDB, por um governo reeleito em 2020, tem feito o feijão com arroz para o controle social durante a pandemia. Governo que segue as decisões vindas das esferas estadual e federal.
Aglomerações aconteceram durante todo o verão e nenhuma ação socioeconômica em defesa da preservação da saúde do povo morador da cidade tem sido feita com eficácia.
Nós, do Partido dos Trabalhadores (PT), durante a campanha eleitoral para prefeito no ano passado, apresentamos um plano emergencial para os primeiros seis meses de 2021. Já era previsto que a pandemia se estenderia por muito mais tempo e que era necessário um programa de ações que desse garantia de emprego e renda e a vida das pessoas.
De novembro pra cá (desde a eleição que escolheu a continuidade na administração de Caraguatatuba), o que se vê é um número cada vez maior de pessoas em situação de rua e a crescente mortalidade de nossos irmãos e irmãs caiçaras.
Os números de óbitos só crescem. Em um ano, a cidade contabiliza 224 mortes. Nestes três primeiros meses de 2021 os leitos de UTI estão com a capacidade máxima (77%). Leitos de enfermaria 55%. Crianças entre 0 e 12 infectadas e as doses das vacinas que chegaram, em torno de 13 mil, não serão capazes de atender nem 5% da nossa população.
Relatar a tragédia de nada nos adianta: é preciso arregaçar as mangas e buscar forças para combater o vírus e o negacionismo que andam por ai. É preciso enfrentar a doença e manter a saúde financeira do município e das empresas.
Sem uma saída mais racional e emergencial para esta crise jamais imaginável para o planeta, aqui, no pequeno mundo chamado Caraguá é possível ser arrojado e com recursos próprios comprar vacinas, como já fez Maricá (encomendou mais de 200 mil doses da Sputnik). Defendendo o Sistema Único de Saúde (SUS), a cidade fluminense que tem características parecidas com as do nosso município e que tem recursos menores, ousou.
Assim como ousou Araraquara, que decretou lockdown geral por mais de 20 dias e os resultados já aparecem com um menor número de infectados, o prefeito Aguilar Junior aderiu ao consórcio de prefeituras para compra da vacina, mas não se sabe pra quando.
É preciso juntar as forças para que o Brasil supere essa crise e que aqui, bem aqui, onde estão nossos entes queridos, consigamos barrar o crescimento de casos de óbitos, internações e os mais de 11% de infectados em todos os bairros de nossa querida Caraguatatuba.
José Roberto Mello é jornalista