Essa semana foi anunciado que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está avaliando extinguir o Farmácia Popular, que para ele é considerado ineficiente na área econômica por contemplar todas as pessoas.
O deputado federal e ex-Ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT-SP) publicou artigo na Revista Fórum sobre o tema: “Na maior crise sanitária causada pela pandemia da Covid-19 no mundo, o governo brasileiro mostra, mais uma vez, que tem lado e não é aquele dos que mais precisam. Dessa vez, a ideia é extinguir o Farmácia Popular, programa que garante até 90% de descontos em anticoncepcionais, tratamento de Parkinson, glaucoma e osteoporose, e dá de graça remédios de uso continuo para hipertensão, diabetes e asma”.
O deputado demonstrou descontentamento com a avaliação de acabar com o Farmácia Popular, sendo que poderiam taxar bilionários, reduzir gastos com Forças Armadas ou cartões corporativos da Presidência.
Padilha relembra que a gratuidade dos medicamentos para hipertensão, asma e diabetes foi anunciada em 2011 quando era Ministro da Saúde, quando também ampliou o número das unidades credenciadas no país.
“O Governo Bolsonaro erra na condução dessa gestão ao querer acabar com um programa que é um importante mecanismo para criação de empregos, expansão do setor e ajuda na alavancagem da economia e indústria do país. A medida também colabora com a superlotação dos serviços de saúde, também aumentando os custos para o SUS. E é importante lembrar que os hipertensos, diabéticos e asmáticos são do grupo de risco para Covid-19 e deveriam estar sendo protegidos justamente por isso”, descreveu o deputado.