Ana Perugini defende fortalecimento da atuação e liderança da Assembleia nessa causa e incentiva expansão do modelo de procuradoria para os municípios paulistas
A deputada estadual Ana Perugini (PT), nova procuradora especial das mulheres da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pretende transformar o Parlamento Paulista em referência na defesa dos direitos femininos e no combate à violência e discriminação de gênero.
Além de garantir a implementação de políticas públicas voltadas às mulheres, também são prerrogativas do órgão a fiscalização da execução de programas estaduais de promoção da igualdade, o recebimento, a análise e o encaminhamento de denúncias de violência e discriminação aos órgãos competentes.
Nomeada para o biênio 2025-2027, Perugini destaca a necessidade de expandir o modelo da Procuradoria para as câmaras municipais. “Precisamos incentivar as cidades a implantarem suas próprias procuradorias. Elas são fundamentais para enfrentar a violência, especialmente a violência política que atinge muitas vereadoras”, explica.
Gestão colaborativa
A parlamentar planeja uma gestão colaborativa, contando com as deputadas Dani Alonso (PL), Paula da Bancada Feminista (Psol) e Carla Morando (PSDB), procuradoras adjuntas, além do apoio do presidente da Alesp, André do Prado.
Uma das prioridades iniciais é estruturar administrativamente a Procuradoria, inclusive com um espaço próprio para o atendimento adequado às mulheres. A ideia é garantir a continuidade do órgão e dar maior autonomia nas próximas legislaturas. “Busco uma procuradoria consolidada e reconhecida por seu papel efetivo na proteção dos direitos das mulheres. Essa é uma responsabilidade que deve ser compartilhada com toda a sociedade”, ressalta.
Experiência
Ana Perugini tem vasta experiência na defesa dos direitos femininos. Coordenou a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos das Mulheres do Congresso Nacional e presidiu a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara dos Deputados. “Sei o quanto é importante escutar as mulheres e encaminhar com eficiência suas demandas”, afirma a parlamentar, que está no seu terceiro mandato na Alesp.
Citando os dados do Atlas da Violência 2025, recentemente divulgado, a deputada alerta para o crescimento no número de feminicídios registrados, na contramão do total de homicídios no país, que vem diminuindo. “O feminicídio é a última etapa desse iceberg. Antes disso, a mulher sofre diversos outros processos de violência, inclusive na política e no exercício dos seus mandatos, então é importante que elas saibam que terão essa procuradoria para dar esse respaldo”, diz.
Como acompanhar
Por fim, a procuradora convida as mulheres a conhecerem a Procuradoria e buscarem seu apoio, enfatizando o compromisso com a transparência e a facilidade de acesso às ações do órgão. “Queremos que nossas iniciativas sejam acompanhadas e avaliadas pela sociedade e estamos trabalhando para isso”, conclui.
Fonte: Tom Oliveira – Alesp
Foto: Rodrigo Costa