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Muito além do Bolsa Atleta: saiba como o Brasil constrói seu futuro no esporte

As medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024 têm a marca do Programa Bolsa Atleta, que financia o sonho de 9 em cada 10 competidores brasileiros que estão em Paris. Vários atletas têm dado depoimentos a respeito da importância do programa lançado há 20 anos pelo Governo Federal. Lorrane Oliveira e Jade Barbosa, da equipe de ginástica que ficou com o bronze, além de Caio Bonfim, prata na marcha atlética, confirmam essa importância.

O Bolsa Atleta, para todos eles, proporciona a permanência na caminhada. O direito de comer, viver, se vestir, estudar, treinar. A capacidade de organizar sua estrutura e sua rotina, sem perder o foco e o sonho. A possibilidade de colocar necessidades e planos na balança e decidir que dá para seguir em frente. O Bolsa Atleta é um diferencial não só para um competidor, quase sempre de origem humilde, mas para sua estrutura familiar.

O “time” de políticas públicas, porém, não para por aí. Além da delegação escalada para competir, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) levou a Paris diversos futuros membros dessa delegação, quem sabe já em Los Angeles 2028. São os convidados do Programa Vivência Olímpica, como o velejador Lucas Fonseca, a pequena ginasta Ana Luísa Sales, de 11 anos, e Ryan Kainalo, que com apenas 18 anos já tem um mundial sub-18 de surfe e um bicampeonato sul-americano na categoria.

Eles estão na capital mundial do esporte, com recursos proporcionados pela Lei das Loterias, para mergulhar no ambiente de competição. Conviver com ídolos do passado e da atualidade, superar os medos, semear coragem, cultivar experiência. E investir no sonho. Como alguns anos atrás já o fizeram Rebeca Andrade, Martine Grael, Izaquias Queiroz e Bia Ferreira.

Ainda há o Programa Revelar Talentos, destinado a garimpar talentos, encaixá-los em suas vocações, e proporcionar formação e aperfeiçoamento para atletas até 21 anos. O objetivo é criar condições para chegarem ao patamar do alto rendimento, também com a capacitação de profissionais que compõem a rede de apoio que cada atleta precisa – como treinadores, preparadores, psicólogos. O trabalho inclui a participação em competições, e também em intercâmbios, cursos, seminário e congressos. Está organizado em 15 núcleos de atuação e um tem um orçamento de R$ 9 milhões para este ano.

(Por Paulo Donizetti de Souza/ Agência Gov; Foto Alexandre Loureiro Divulgação/COB)

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