A deputada federal e pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre Porto Alegre, Maria do Rosário, criticou duramente a gestão municipal de Sebastião Melo. Segundo ela, a prefeitura da capital gaúcha falhou em proteger a população durante as enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano, deixando a população desamparada e forçada a se autossustentar em meio à crise.
“Eu tenho dito para as pessoas que eu não brigo com a ideia, que foi um sentimento real do nosso povo, quando as pessoas disseram que foi o ‘povo pelo povo’, porque realmente, se a gente pensar bem, o poder público mais próximo, a prefeitura municipal, não estava em condições, não teve planejamento, não observou os alertas, não montou planos de contingência, não tinha um plano de defesa civil à altura do que nós vivenciamos,” declarou Maria do Rosário.
A crítica veio em um momento em que a Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul atualizou o número de vítimas das enchentes para 182 mortes confirmadas, com 31 pessoas ainda desaparecidas. A tragédia afetou 2,398 milhões de pessoas, representando mais de 22% da população estadual, de acordo com o censo do IBGE de 2022.
Maria do Rosário destacou que a ausência de um plano de contingência eficiente por parte da prefeitura de Porto Alegre Porto Alegre obrigou a população a se unir e agir por conta própria. “Isso fez com que as pessoas se sentissem elas por elas, o povo pelo povo, pois a gente estava lá buscando pessoas, levando água, distribuindo alimento, cobertores, ajudando… aliás, o Brasil inteiro ajudou, foi um grau de solidariedade impressionante.”
A pré-candidata elogiou a rápida resposta do governo federal, que, segundo ela, foi crucial para mitigar os danos da tragédia. “No entanto, se o governo federal não entrasse já no dia seguinte à tragédia com respostas não teriam helicópteros, não teria Defesa Civil, o Exército Nacional, não teríamos as condições de salvar vidas humanas e os animais,” afirmou.
Os números revelam a extensão dos danos causados pelas enchentes, que impactaram 478 dos 497 municípios gaúchos, ou seja, 96,18% do total. No auge da crise climática, mais de 626 mil pessoas foram forçadas a abandonar suas casas, buscando abrigo com parentes, amigos ou em instalações emergenciais.
Foto: Site do Brasil 247
Fonte: Site do Brasil 247