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Gleisi defende impostos para ricos: “Concentração de renda ultrapassou o insuportável”

Segundo estudo, de 2017 a 2022, a renda do 0,01% mais rico da população cresceu três vezes mais que a dos 95% mais pobres. “A reforma tributária precisa avançar sobre essa distorção”, diz a presidenta do PT

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu, nesta quarta-feira (17), que a reforma tributária em curso no Brasil acabe com uma injustiça histórica: o não pagamento de impostos por super-ricos graças à isenção sobre a distribuição dos lucros e dividendos de suas empresas. 

“A reforma tributária precisa avançar urgentemente sobre essa distorção, que praticamente só existe no Brasil. E também para tirar dos trabalhadores e dos mais pobres o peso maior dos impostos”, defendeu Gleisi, em postagem na rede social X.

“A redução da desigualdade é um compromisso do PT, e o Brasil estava nesse caminho quando veio o golpe, com sua política econômica neoliberal, aprofundada criminosamente por Paulo Guedes e Bolsonaro”, completou.

Governos golpistas

Gleisi amparou sua análise em estudo do economista Sergio Gobetti divulgado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). A pesquisa (leia mais sobre ela aqui) mostra que, entre 2017 e 2022, nos governos Temer e Bolsonaro, a renda das 15 mil pessoas mais ricas do país cresceu até o triplo do restante da população. 

Enquanto esse 0,01% da população teve crescimento médio da renda de 96% (quase dobrando seus ganhos), os 95% mais pobres não avançaram mais do que 33% (pouco acima da inflação do período, que foi de 31%). E na raiz dessa distorção, aponta o estudo, está justamente a isenção de impostos para os ricos.

“A concentração de renda no Brasil, que sempre foi indecente, ultrapassou o insuportável nos governos do golpe e de Bolsonaro. Não há sociedade que se sustente com tamanha disparidade. Não há como falar em justiça e democracia quando a elite se apropria da riqueza do país com voracidade descarada”, afirmou a presidenta do PT. 

Leia a seguir a íntegra da postagem de Gleisi Hoffmann:

“A concentração de renda no Brasil, que sempre foi indecente, ultrapassou o insuportável nos governos do golpe e de Bolsonaro. 15 mil pessoas, 0,01% da população, tiveram a renda dobrada entre 2017 e 2022, segundo estudo do economista Sergio Gobetti divulgado pela FGV. Isso é 3 vezes mais que a recomposição da renda de 95% da população, praticamente a inflação do período. Não há sociedade que se sustente com tamanha disparidade. Não há como falar em justiça e democracia quando a elite se apropria da riqueza do país com voracidade descarada. O estudo aponta que na raiz da injustiça está um sistema tributário que isenta os super ricos de impostos sobre a distribuição dos lucros e dividendos de suas empresas.

A reforma tributária precisa avançar urgentemente sobre essa distorção, que praticamente só existe no Brasil. E também para tirar dos trabalhadores e dos mais pobres o peso maior dos impostos. A redução da desigualdade é um compromisso do PT e o Brasil estava nesse caminho quando veio o golpe, com sua política econômica neoliberal, aprofundada criminosamente por Paulo Guedes e Bolsonaro.”

Fonte: PT Nacional

Foto: Thiago Coelho

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