Cerca de 11,5 milhões de pessoas foram atendidas pelo Desenrola Brasil, que já renegociou R$32,5 bilhões em dívidas desde o lançamento da iniciativa. Os dados foram compartilhados pela subsecretária de Reformas Estruturais do Ministério da Fazenda, Ana Maria Netto, no programa A Voz do Brasil desta quarta-feira (27/12).
“Os resultados são muito melhores do que o esperado pelo Governo”, comemorou.
Criado com o objetivo de recuperar as condições de crédito de devedores com dívidas negativadas, a iniciativa foi prorrogada até 31 de março de 2024. De acordo com a subsecretária, cerca de 20 milhões de pessoas ainda não negociaram suas dívidas e podem se beneficiar do programa acessando o portal desenrola.gov.br, mas é importante que não deixem para a última hora.
“É importante que as pessoas saibam que ele é um programa finito e o governo vem estudando outras medidas de aperfeiçoamento dos instrumentos de crédito, de enfrentamento do superendividamento”, reforçou.
A prorrogação é válida para a faixa 1, que consiste nas negociações feitas diretamente na plataforma de renegociação do Desenrola. Já a faixa 2, que inclui as negociações feitas diretamente com os bancos e outros credores, continua sendo válida apenas até 31/12. Portanto, a partir de janeiro, as negociações serão feitas exclusivamente pela plataforma.
“O devedor que acessar a plataforma vai encontrar lá uma oportunidade incrível para negociar suas dívidas, tem descontos que são até de 99%, o desconto médio ficou em 86%, então é um desconto muito superior àquele que costuma ser dado pelo credor quando o devedor tenta fazer uma negociação individualmente”, destacou Ana Maria Netto.
De acordo com a subsecretária, o Desenrola tem ainda o papel de devolver a dignidade àqueles que buscam a plataforma. “Ao tempo em que o Desenrola foi desenhado, a gente tinha um dado alarmante de 70 milhões de pessoas negativadas. Essas pessoas ficam com restrição de crédito no mercado formal, muitas vezes elas têm que se valer de agiotas ou de procurarem outros instrumentos de crédito que são ainda mais perigosos. Então é importante que essas pessoas retomem a sua capacidade de planejar o seu orçamento e organizarem sua vida financeira.
Confira a entrevista completa:
Fonte: Agência Gov