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Justiça cassa mandato do vereador Camilo Cristófaro de SP

A Justiça Eleitoral cassou o mandato do vereador Camilo Cristófaro (PSB) por captação ilícita de recursos para sua campanha eleitoral. O vereador afirmou que irá ingressar com um pedido de efeito suspensivo contra a decisão

Segundo apuração do Ministério Público Eleitoral, o parlamentar recebeu R$ 6 mil de doações para sua campanha “proveniente de pessoa física (Ana Maria Camparini Silva) sem capacidade econômica para realizá-la O valor corresponde a cerca de 14% dos valores totais declarados de sua campanha, que foram de R$ 42 mil. Ao levantar a prestação de contas do vereador, o MPE obteve a quebra de sigilo fiscal da doadora.

Segundo o relato da decisão judicial, “observou-se que a doadora não possuía renda suficiente para despender o valor doado (não declarou à Receita Federal no ano de 2015 bens e rendimentos e, presumindo-se que era isenta somente poderia doar o valor equivalente a R$ 2,5 mil), além de estar registrada como desempregada no cadastro geral de empregados e desempregados (CAGED), o que torna duvidosa a origem do valor doado.

O juiz Francisco Carlos Inouye Filho, que cassou o diploma de Cristófaro, considerou que o vereador não apresentou justificativas satisfatórias para explicar a doação. Ao todo, a doadora fez doações que somam R$ 395,5 mil a candidatos a vereador e a prefeitos da região metropolitana incluindo o prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio (PSDB) que também corre o risco de cassação de mandato.

“A irregularidade além de ter sido reconhecida como plausível para a desaprovação das contas (apesar de ter sido interposto recurso que ainda não foi julgado pelo TRE-SP também configura captação ilícita de recursos, pois foi demonstrado que se a doadora não tinha capacidade econômica para doar, fica configurado o ‘caixa-dois’ de campanha caracterizado nesse caso pela falsa escrituração na contabilidade oficial da campanha eleitoral diante dos indícios demonstrados pela inscrição da doadora em cadastro de desempregados, bem como para o recebimento de casa popular”, diz trecho da decisão

Cristófaro é um dos vereadores já foi acusado de agressão pelo vereador George Hato (MDB) e pela vereadora suplente Isa Penna (PSOL).

Fonte: UOL

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