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DEPUTADOS PAULO FIORILO E SIMÃO PEDRO COBRAM INVESTIGAÇÃO DO INCÊNDIO NO MUSEU DA CAPELINHA, EM CAJATI

PAULO FIORILO E SIMÃO PEDRO ENVIAM PEDIDOS DE INFORMAÇÕES A DIRETOR DA FUNDAÇÃO FLORESTAL

O líder da Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) na Alesp, deputado Paulo Fiorilo, cobra das autoridades estaduais a apuração das causas do incêndio do Parque Estadual do Rio Turvo, em Cajati, no Vale do Ribeira, no dia 30 de março, que destruiu o Museu da Capelinha. Fiorilo encaminhou, nesta terça-feira, 4/4, dois pedidos de informações. Um deles dirigido ao diretor executivo da Fundação Florestal do Estado de São Paulo, Rodrigo Levkovicz, e o outro, ao delegado-geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Artur José Dian.

O local é considerado patrimônio cultural do povo paulista. Abriga a gruta que serviu de esconderijo para o capitão Carlos Lamarca e seu grupo de 16 guerrilheiros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), em 1969, quando eram perseguidos pela ditadura militar.

Paulo Fiorilo solicita das autoridades o detalhamento da situação da investigação sobre o incêndio. Segundo as informações veiculadas pela imprensa, há indícios de que o incêndio teria sido provocado e ter origem criminosa. O fogo teria atingido rapidamente as instalações do museu e todo o acervo e estrutura teriam sido destruídos.

Em nota pública em seu site, a Fundação Florestal informou que “o Museu da Capelinha, no parque Estadual do Rio Turvo, na região do Vale do Ribeira, não continha materiais originais, documentos ou qualquer peça de acervo pessoal de Carlos Lamarca. O local abrigava apenas painéis relativos a eventos ocorridos no âmbito do parque, confeccionados pelas gestões do espaço, com fotos de reprodução, entre os quais um relativo à passagem do então capitão pelo local”. Informou ainda que um levantamento administrativo dos danos e reparos necessários já teria sido iniciado.

Fiorilo quer saber se a Fundação já tem uma relação dos prejuízos causados pelo incêndio, em quanto é estimado o valor material das perdas materiais e em quanto tempo o museu voltará a funcionar. “Existirá algum tipo de investimento na segurança da estrutura física do museu a fim de que ações dessa natureza não se repitam”, questiona o líder.

O deputado Simão Pedro também tomou a iniciativa de encaminhar requerimento de informações à Fundação Florestal, na qual destaca que o parque já vinha sendo alvo de ataques nos últimos anos, como tentativas de incendiar a portaria, o museu e o centro de apoio aos visitantes, que, inclusive, foi alvejado por cinco tiros. Em dezembro de 2022 foram furtados motosserras, roçadeiras e uma TV.
Simão Pedro quer saber  qual o efetivo que trabalha na vigilância e na portaria do Centro de Exposições. Se no local existe vigilância eletrônica 24 horas. Quais foram as medidas preventivas e de proteção do local em função do histórico de relatos de vandalismo, ataques e furto? Quais foram os prejuízos causados pelo incêndio e quais foram os danos materiais? E se existe algum plano emergencial para a recuperação do local.
A preocupação do deputado também se estende ao importante sítio arqueológico que fica no entorno do Museu incendiado, onde se encontrava o esqueleto de um homem “fossilizado”, de 10 mil anos, considerado o mais antigo registro de ocupação humana no Estado de São Paulo. A Fundação Florestal tem até 30 dias para responder o requerimento.

A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) aponta, em seu site, que entre os itens que foram perdidos estavam fotos e documentos que contavam da passagem do comandante guerrilheiro pela região, além de painéis, objetos pessoais, livros e móveis. As chamas consumiram também a área de exposição e destruíram obras de arte. A associação também menciona o sítio arqueológico, onde foi encontrado, em 1999, o fóssil de esqueleto de 10 mil anos.

Fonte: site PT na Alesp, com informações de Fernando Caldas

Foto: Divulgação

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