A deputada federal Carol Dartora (PT-PR), professora e primeira mulher negra eleita deputada federal da história do Paraná, discursou na sede da ONU – em Nova York (EUA) – sobre a união dos setores público e privado para alcançar a igualdade de gênero. O painel fará parte do encontro do Pacto Global da ONU no Brasil e da 67ª Comissão sobre a Situação das Mulheres (CSW67). A participação da congressista aconteceu na quinta-feira (16/03).
Dados da Oxfam, em parceria com o Datafolha, mostram que em 2022, para 75% dos brasileiros – sendo 79% mulheres negras -, as mudanças tecnológicas estão deixando os ricos mais ricos e os pobres ainda mais pobres. Atualmente, a equidade de gênero está na ordem do dia. Em 8 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma série de atos para a equidade de gênero.
O encontro do Pacto Global quer alinhar as estratégias empresariais, governamentais e da sociedade a princípios nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção, e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em paralelo, a CSW67 vai tratar sobre inovação, mudança tecnológica e educação na era digital para alcançar a igualdade de gênero, além do empoderamento de mulheres e meninas.
Empoderamento feminino e sociedade menos machista
A tarde foi preenchida ainda por debates sobre a atuação dos setores público e privado na promoção de uma sociedade igualitária, com a participação da primeira deputada federal negra da história do Paraná, Carol Dartora, que ressaltou a importância da educação neste processo. “A gente entende que a pauta passa pela educação. A gente precisa deixar claro que as desigualdades podem ser vencidas pela formação e, assim, ter uma sociedade menos machista”, salientou a parlamentar.
A situação das mulheres na perspectiva dos movimentos de Direitos Humanos da estratégia Ambição 2030 e como as nações do hemisfério Sul do globo podem se fortalecer ao estabelecer parcerias voltadas para o empoderamento feminino, especialmente as mulheres negras, também foram assuntos que entraram na pauta da reunião. “Quando uma mulher negra se identifica, diz que é uma mulher negra; uma mulher branca diz que é uma mulher; um homem diz que é uma pessoa. É preciso mudar esta lógica. A luta do racismo não é a luta apenas do povo preto, é uma luta pelos direitos humanos, é de todos nós”, evidenciou a coordenadora da Rede Malala no Brasil, de ativistas pela educação, e CEO da Mucua Consultoria e Assessoria Interdisciplinar, Benilda Brito, que foi aplaudida de pé ao fim de sua fala.
A Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres é uma das maiores reuniões anuais de lideranças mundiais, ONGs, empresas, parceiras e parceiros das Nações Unidas e ativistas de todo o mundo, e tem como objetivo discutir a situação dos direitos das mulheres e o empoderamento de todas as mulheres e meninas em todas as partes do mundo.
Frente Parlamentar de Combate ao Racismo
Dialogando também com a temática internacional, Carol Dartora está engajada na criação da Frente Parlamentar de Combate ao Racismo e Educação para Relações Étnico-raciais e de Gênero. A Frente tem o objetivo de mostrar como a igualdade de gênero pode ser transversal a pautas como a educação.
“A gente entende que a pauta passa pela educação. A gente precisa deixar claro que as desigualdades podem ser vencidas pela formação e, assim, ter uma sociedade menos machista”, pontuou Dartora, ao dizer que a função tanto do legislativo como do setor privado é estabelecer a igualdade no trabalho.
Fonte: site oficial da Carol Dartora e site do TRT-13 (PB) – André Luiz Maia
Assessoria de Comunicação Social TRT-13
Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados e André Luiz Maia/ TRT-13