MENU

EM AUDIÊNCIA COM MINISTRO PADILHA, CIS (COMITÊS ISLÂMICOS DE SOLIDARIEDADE) REFORÇAM SUGESTÃO DE CRIAÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DO DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

Membros da comunidade muçulmana do Brasil foram recebidos, na quinta-feira, 2, pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, em audiência no Palácio do Planalto. A agenda organizada pelos CIS – Comitês Islâmicos de Solidariedade também contou com a participação de representantes da comunidade em Brasília, da Fepal e do Ibraspal.
O coordenador geral nacional dos CIS, Hajj Mangolin, apresentou ao ministro e ao secretário nacional de Relações com os Movimentos Sociais, Professor Paulo Pereira, o documento com sugestões e compromissos com o Brasil, produzido e assinado por muçulmanas e muçulmanos em 2022 e entregue à coordenação da campanha do presidente Lula. Para conhecer o documento e seus signatários, acesse www.lula.mobiliza.online.
Dentre os diversos pontos do documento, a reunião focou em dois, principalmente:
1 – a criação da Conferência e do Conselho Nacional do Diálogo Inter-Religioso, com suas respectivas instâncias estaduais e municipais, enquanto formuladores das políticas públicas para o setor e garantidores da liberdade de culto e do Estado laico;
2 – a criação de um Grupo de Trabalho do Diálogo Inter-Religioso no Conselho do República.
Segundo Hajj Mangolin, “a possibilidade de democratizar e incluir religiosos de todas as tradições no debate e construção de soluções efetivas para a eliminação do discurso de ódio, da intolerância e do racismo religioso nos anima muito, e a criação dos conselhos nas cidades, nos estados e na federação é, sem dúvida, a grande ferramenta que um governo popular e democrático pode utilizar para sua efetivação”. Mangolin ainda destacou que este processo permitiria que as ações passassem a ser interministeriais, impedindo que decisões isoladas viessem a ferir sensibilidades de qualquer religião. Recentemente, o Ministério dos Direitos Humanos criou um grupo de trabalho para combate ao discurso de ódio, e não incluiu entre seus membros muçulmanos e candomblecistas, principais vítimas do racismo religioso, que cresceu no último período.
O ministro Alexandre Padilha, mais uma vez, manifestou seu respeito e carinho pela comunidade muçulmana e seu compromisso com a promoção do diálogo inter-religioso: “Eu acompanhei a luta de vocês nos últimos anos e tenho consciência da necessidade de implementação dessas sugestões. Podem contar com o governo do presidente Lula para a promoção do diálogo. Para isso, vamos estabelecer uma mesa permanente aqui no Ministério para aprofundarmos as ações propostas pelos Comitês Islâmicos”.
O secretário Paulo Pereira acolheu as sugestões da comunidade, comprometeu-se em dialogar com outros órgãos do governo sobre a criação do Conselho Inter-Religioso, e garantiu a criação de um espaço para a comunidade muçulmana dentro do Conselho da República: “Nós reconhecemos a importância dos muçulmanos na construção do Brasil, desde a chegada dos africanos escravizados, que protagonizaram um dos maiores movimentos de resistência, o Levante dos Malês, passando pela chegada de imigrantes de várias partes do mundo e dessa nova geração de convertidos ao Islam. Esta importância estará presente nas ações do Ministério”.
Fonte e foto: Hajj Mangolin/ Comitês Islâmicos de Solidariedade
Notícias recentes

BUSCA RÁPIDA