Nesta terça-feira (8), a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) solicitou reunião com a presidência da estatal para discutir afirmações do presidente interino, Carlos Fortner, sobre o encerramento de atividades em unidades da empresa, além de demissões em massa de servidores. A entidade está mobilizada contra cortes no orçamento e fechamento de agências dos Correios.
As informações foram vazadas para o jornal O Estado de S. Paulo, que divulgou o número de 513 agências. Em entrevista à revista Veja, Fortner disse que o número não está fechado, mas reafirmou o fechamento de unidades e demissões de até 5 mil funcionários. A ECT fechou 2016 com 115.469 empregados. “Novamente, a mídia divulgou o que a direção dos Correios não tem coragem de debater com os próprios trabalhadores e com a sociedade”.
O novo presidente da estatal, que é aliado de Guilherme Campos (ex-presidente) e amigo de partido, o PSD, confirmou a possibilidade de fechar 500 agências. “Ele normaliza a situação e ainda destaca que a medida, totalmente cruel com a sociedade e empregados, visa a modernizar e atualizar os Correios. Para a Fentect e os sindicatos filiados, essa é mais uma proposta de desmantelamento dos Correios como empresa pública”, garante a federação.
Para os trabalhadores, sucessivas manobras de desmonte na empresa têm como objetivo o sucateamento para posterior privatização.
Fonte: CUT