Com a reformulação do transporte público a Prefeitura, que foi abandonada por João Doria e agora é comandada pelo tucano Bruno Covas decidiu eliminar 190 linhas de ônibus da cidade. A medida está prevista no novo edital de concessão de ônibus publicado na madrugada desta terça-feira (24).
As empresas que vencerem a licitação poderão operar por 20 anos, podendo ser prorrogado por mais um ano. O edital foi publicado com 5 anos de atraso, já que o último contrato venceu em 2013 e, desde então, a Prefeitura tem realizado contratos emergenciais para a continuidade da prestação do serviço. Mais uma prova da ineficiência do ex prefeito Doria.
Em 2015, o Tribunal de Contas do Município (TCM) barrou a abertura de envelopes. O tribunal listou, em novembro daquele ano, 50 “infringências, impropriedade e irregularidades” para a suspensão.
Atualmente, a frota de ônibus na cidade de São Paulo é de 14.457 veículos, e o novo edital prevê apenas 13.592 veículos. Já em número de linhas, da rede atual, com 1.339 linhas, 66% (882 linhas) permanecem iguais, 20% (267 linhas) serão modificadas e 14%, ou seja, 190 linhas, serão extintas. Outras 44 linhas serão criadas. A rede proposta é composta por 1.193 linhas.
O secretário municipal de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado, diz que o serviço será “otimizado” para evitar a sobreposição de linhas existentes no mesmo trajeto.
Apesar da diminuição da frota circulante, o secretário diz que a oferta de assentos irá aumentar. Ele argumenta que os ônibus irão circular com maior velocidade nos corredores e fazer viagens mais curtas com a interligação entre os sistemas local e estrutural. “O que nós estamos fazendo: os técnicos da SPTrans estudaram detalhadamente essas linhas, e a ação é nessas linhas onde há uma sobreposição ao longo do percurso, de maneira que você retira alguns desses ônibus, dá uma oferta maior de velocidade, uma melhora na viagem”, disse.
Fonte: G1