A deputada estadual, Márcia Lia (PT), apresentou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Alesp denúncia contra o deputado Wellington Moura (Republicanos) por quebra de decoro parlamentar.
Segundo a líder da bancada do PT na Assembleia, Moura afirmou que quando estivesse na presidência da Mesa, “colocaria um cabresto” na boca da deputada Mônica Seixas (PSOL), para impedi-la de falar. Vale lembrar que cabresto é um objeto usado em equinos.
A parlamentar, em seu relatório, informou que em 18 de maio, Wellington Moura acusou a deputada Mônica Seixas (PSOL) de importunar os trabalhos.
Assim ele ameaçou cassar o direito da deputada do PSOL dizendo que a expulsaria afirmando que se estivesse na presidência dos trabalhos colocaria um cabresto na sua boca, porque não podia “permitir que Vossa Excelência perturbe a ordem dessa Assembleia”.
“Nós temos a obrigação de dar bons exemplos numa sociedade muito contaminada pelo ódio, pelo racismo, pela homofobia e pela violência contra a mulher. Não podemos admitir a reprodução de preconceitos dentro da Assembleia”, argumenta Márcia Lia.
Conforme a denúncia, o ato do parlamentar “é uma clara demonstração de prática de crime de injúria racial, descrito no artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, pois o detrator em sua agressão fez menção ao uso do “cabresto” na deputada, mulher negra, sendo o “cabresto” um instrumento utilizado em animais para controlar sua boca”.
