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Tupã recebe ações de Comitê em Defesa da Democracia na Semana do Trabalhador

Em Tupã um grupo suprapartidário organiza uma série de eventos para a semana do Dia do Trabalhador, celebrado em 1 de Maio. A ação batizada de Semana do Trabalhador é organizada pelo Comitê em Defesa da Democracia. De acordo com um dos membros da organização, Ricardo Amado Schell, o evento que acontece de 2 a 4 de maio, conta com mesa de debates, cine debate e programação cultural.

Ricardo explica que o comitê surgiu em resposta à ordem prisão do presidente Lula. A esquerda se organizou no meio digital, de onde saíram as primeiras reuniões, e enfim a mobilização de forma efetiva. “O movimento é suprapartidário e composto de forma bastante diversa, temos filiados, pessoas que tem alguma identificação partidária, e outros sem esse tipo de identificação”, afirmou.

A Semana do Trabalhador tem como objetivo ampliar o pensamento crítico da população de Tupã, uma vez que a mídia não abre espaço para o debate entre as diferentes forças políticas. Segundo Ricardo, alguns veículos da imprensa local, por exemplo, não abriram espaço para o pré-candidato a governo do Estado de São Paulo, Luiz Marinho, dialogar com a população.

Em entrevista ao site Galera Vermelha  Ricardo convida a todos a participarem da Semana do Trabalhador, acompanhe abaixo a entrevista e programação do evento, que conta com página específica no Facebook.

ENTREVISTA

1) De que maneira, e quando aconteceu a organização do Comitê em Defesa da Democracia?

O Comitê surgiu como reação à ordem de prisão do presidente Lula, que pegou a todos de surpresa. No dia seguinte à ordem de prisão, juntamos um pessoal de esquerda da cidade e formamos um grupo no WhatsApp. A partir dele, marcamos a reunião presencial e percebemos a necessidade de nos mobilizarmos.

2) Quem compõem hoje o Comitê, é um movimento partidário, ou suprapartidário? Como é composto?

O movimento é suprapartidário, e a composição do grupo é bastante diversa. Alguns são filiados a algum partido de esquerda, outros não possuem nenhuma filiação partidária, mas se identificam com algum partido, outros sequer se identificam com algum partido específico. Ou seja, partidariamente falando, o movimento é bastante diverso. Ideologicamente falando, estamos claramente à esquerda.

3) Quais ações e mobilizações a região tem desenvolvido a respeito?

A região mais próxima é composta de pequenas cidades. A cidade mais próxima de Tupã que tem um porte razoável é Marília, que fica há 70 km daqui, e eu não tenho conhecimento de nenhuma mobilização mais forte por lá. Sei que em Presidente Prudente existem grupos mais atuantes. Já em Tupã, a direita tem dominado as discussões nos espaços e poder e nas mídias. A esquerda não tem um único representante na Câmara Municipal, e isso é sintomático. Recentemente, o pré-candidato Luiz Marinho veio a Tupã, e alguns veículos de mídia se recusaram a entrevistá-lo. Isso tudo é muito grave, pois mostra que a esquerda não tem espaço algum para contar sua versão dos fatos. Diante desse cenário, nós percebemos que a nossa mobilização precisa aproximar o debate das pessoas e expor nosso posicionamento frente a tudo isso, e assim surgiu a ideia da Jornada em Defesa da Democracia.

4) Quem são os convidados para a ação prevista para a semana do Trabalhador?

Nosso evento acontecerá nos dias 2, 3 e 4 de maio. A Semana do Trabalhador é bastante simbólica, então decidimos fazer o evento nessa semana. Nós pensamos nesse evento de forma que ele ficasse bastante diversificado, com diversas formas de abordagem da nossa realidade atual. No primeiro dia teremos uma mesa de debates, com a presença do Antônio Alberto Machado, que é professor de Direito Processual Penal da Unesp, e do Roberto Sampaio Gândara Júnior, que é formado na Unesp e escreveu um livro sobre a relação da Rede Globo com o Golpe (Globo e o Golpe – Rede Globo: Da Ditadura ao Golpe de 2016). Nessa mesa, os debatedores irão fazer uma análise jurídico-política do processo que culminou na condenação do Presidente Lula, e também analisar o papel da mídia em todo esse cenário.

No segundo dia, faremos um cine debate. Será exibido o documentário “Brasil: O Grande Salto para Trás”, e então o Fernando Mendonça Heck, professor de Geografia do IFSP, irá conduzir o debate.

Por fim, no terceiro dia, faremos uma programação cultural. Até o momento temos três artistas confirmados. Teremos o Rogério MC, do Voz Interior, que é daqui de Tupã, além do Saulo e o Duh Rap, ambos de Presidente Prudente.

5) Qual a expectativa de participação da população?

Iremos divulgar em instituições de ensino, prédios públicos, alguns veículos de mídia e nas redes sociais. A ideia é atrair um público bastante diverso, e acreditamos que conseguiremos atingir um número bom de público.

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