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Bolsonaro Mente: mulher torturada diante dos filhos não matou militares

Mais uma vez a verdade apareceu. Maria Amélia de Almeida Teles, conhecida por Amelinha Teles, não foi condenada por matar militares durante a ditadura.

Uma montagem mentirosa está circulando redes sociais e no WhatsApp com a imagem de uma senhora e a afirmação de que Amelinha e seu marido mataram e esquartejaram militares.

Ela e o marido, Cezar Augusto Teles, não cometeram estes crimes e nunca foram acusados, tampouco julgados, por eles.

O casal foi preso e a acusação, na época, era de “agrupamento prejudicial à segurança nacional”, relacionada ao que foi classificado como “propaganda escrita” do partido, edição de jornais, panfletos e artigos com conteúdo supostamente subversivo. O processo é de março de 1973. Ela foi condenada a sete meses de reclusão.

No documento que detalha a atuação de Amelinha não há qualquer menção a crimes de homicídio. O processo diz que ela e o marido eram responsáveis pelo setor de imprensa do partido.

O boato veio à tona depois que Amelinha apareceu em um programa eleitoral de Haddad, no último dia 16. Ela deu um depoimento contando como ela e seu marido foram presos em dezembro de 1972, torturados e humilhados pelos militares na frente dos filhos.

Amelinha e o marido foram torturados no DOI-CODI, em São Paulo. O comandante da unidade era o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que participou das sessões de tortura do casal e foi declarado torturador pela Justiça brasileira em 2008.

O candidato fascista Jair Bolsonaro dedicou à memória de Ustra o voto pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff que também foi torturada por Ustra.

No vídeo da campanha de Haddad e em outros depoimentos, como os prestados à Comissão da Verdade e à novela “Amor e Revolução”, Amelinha disse que ela e o marido foram submetidos a cadeira do dragão, choques, espancamento e violência psicológica, com ameaças aos filhos que com 5 e 4 anos, na época, foram levados para verem os pais torturados. A filha Janaína também participou do vídeo da campanha de Haddad.

Após a veiculação do vídeo e da circulação do boato sobre Amelinha, ela passou a sofrer ameaças pelas redes sociais.

A falsa informação é FAKE NEWS e foi desmascarada pelo Projeto Comprova.  Que reúne a Gazeta do Povo; Jornal do Commercio; UOL, da Folha de S.Paulo; Jornal Estadão, entre outros veículos de comunicação.

Fonte: UOL CONFERE

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