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Humberto Tobé: Os pesos, as medidas e o preconceito!

Todos sabem que o problema da falta de moradia no Brasil é sério e deve ser tratado com urgência e justiça. No caso do edifício Wilton Paes de Almeida que pegou fogo e desabou, na região do largo do Paissandu, o país pôde novamente ver o drama humanitário gerado, expondo o situação de famílias que lutam, de maneira organizada, pelo direito a moradia. Mas diante de todo esse cenário me chama atenção como a imprensa, a grande mídia, trabalha para criminalizar os movimentos sociais, dando um tratamento discriminatório aos personagens desta história.

No caso dos movimentos, dos desabrigados, os termos pejorativos não param de aparecer. A tentativa de transformar em vilões as lideranças que lutam para garantir o direito dessas pessoas está clara. Mas ao mesmo tempo que a imprensa classifica como invasor aquele que não tem sua casa, trata como prefeito o invasor João Doria que ‘incorporou’ a sua propriedade abastada, em Campos do Jordão, um terreno que não é seu. Está ai a prova da discriminação. João Doria é mencionado como ex-prefeito e não como o invasor de terras que é.  São os dois pesos e duas medidas funcionando.

Outro ponto importante é que já está na hora de se ouvir com atenção os movimentos e seus integrantes, bem como atender suas demandas. O problema é que golpistas que atendem aos interesses do capital e não das pessoas, como sempre fizeram neste país, não se preocupam com o ser humano, com seus anseios, com seu desespero e dignidade. Para eles gente é apenas massa de manobra, somente isso.

                     * Humberto Tobé tem 38 anos,  é publicitário e coordenador do Coletivo Galera Vermelha.

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